Mesmo num dia chuvoso, não há nada como a nossa terra! Reunidos nA Tentadora, em Campo de Ourique, partimos logo depois de almoço para atravessar meio Ribatejo até Constância - a acolhedora Vila Poema, onde o Zêzere se encontra à esquina com o Tejo.
Aí chegados, descemos as estreitas ruas, daquele anfiteatro natural sobre o Zêzere, apreciando a arquitectura e malha urbana pré-pombalina até à Casa Memória de Camões criada pela a Associação para a Reconstrução e Instalação da Casa-Memória de Camões em Constância, sob o grande impulso da Dra. Manuela Azevedo, antiga jornalista do Diário de Notícias.
Há em Constância uma antiga tradição, passada oralmente através das gerações, segundo a qual Luís de Camões, o maior dos poetas portugueses, teria vivido neste lugar, então chamado Punhete, durante um período de tempo considerável, cumprindo uma pena a que fora condenado. E o povo aponta uma casa, até há poucos anos não mais que uma ruína, situada próxima do Tejo, como tendo sido aquela em que o épico viveu.
Pouco depois chegou Manuel Alegre.
Nesta peregrinação à Casa Memória de Camões, seguiu-se uma sessão camoniana, em que o escritor Nuno Júdice falou da actualidade de Camões e o actor Diogo Dória declamou alguns textos do autor de Os Lusíadas. Tal como José Niza disse “o Poeta ao encontro doutro Poeta”.
Para Manuel Alegre "é indissociável a nossa identidade da língua e do espírito de Camões, dado que seremos o único País que tem como símbolo um poeta", Alegre alertou para o facto de que "sempre que há uma situação de crise e de confiança, regressa-se a Camões".
Por fim, um jantar caloroso no Entroncamento, onde mais de uma centena de cidadãos deram as boas vindas ao Candidato Presidencial, entra as quais se destacavam: o presidente em exercício da Federação do PS de Santarém, Fernando Pratas, o antigo Governador Civil, Carlos Cunha e o ex-vereador da Câmara Municipal de Santarém Raúl Violante.
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