Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

sábado, novembro 05, 2005

Portugal de Todos.


Ontem estivemos no Hotel Altis, na anunciada apresentação formal da Candidatura de Manuel Alegre, do seu manifesto eleitoral – renomeado de Contrato de – e da sua comissão de honra. Alegre superou as melhores expectativas num discurso firme, exigente e inovador. Ontem Portugal recuperou um pouco da sua Alma.


(...)
Com todos os portugueses e por todos os portugueses


Apresento hoje formalmente a minha candidatura a Presidente da República Portuguesa. Ela constitui, em si mesma, uma vitória da independência, da cidadania e do empenhamento cívico dos portugueses e portuguesas que à sua volta estão a construir uma corrente de afectividade e esperança.

Cada povo tem a sua singularidade e de cada vez que ela diminui o mundo fica mais pobre. Portugal é um velho país cuja força principal sempre residiu na alma do seu povo. Um povo que não se fechou nas suas fronteiras e de certo modo ensinou o mundo a não ter medo do mar. Um povo que foi precursor do renascimento europeu e pioneiro do espírito universalista. Um povo assim não pode perder a confiança em si mesmo e no futuro do seu país. Precisa talvez de novas elites que estejam à altura da sua História e do seu destino. Precisa que o discurso volte a ser inspirador da acção e do risco. Precisa que a política seja de novo uma causa nobre e faça renascer o fulgor da alma portuguesa.

Candidato-me por um Portugal de todos. Não apenas dos donos dos aparelhos, sejam eles económicos, mediáticos ou políticos. Não há donos do voto nem da consciência dos homens e das mulheres livres de Portugal. Candidato-me por um Portugal que se diga no plural, uma Pátria que sois vós, uma Pátria que somos nós, um Portugal de todos. (...)

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