Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Estudantes protestam.


Os estudantes do ensino superior de todo o país manifestaram-se ontem, na Cidade Universitária, em Lisboa, contra a política governamental. Em especial demonstram-se contra o que consideram um «elevado corte» no orçamento para o sector. O protesto foi convocado pela Associação Académica de Coimbra pois segundo o seu presidente, Fernando Gonçalves, os estudantes protestam contra o «corte elevado no orçamento do ensino superior e contra a acção social escolar, que está cada vez mais colocada em causa». Fernando Gonçalves, citado na RTP, adiantou que «muitos alunos estão a abandonar o ensino superior, porque não têm condições económicas para o pagar», sendo que em Coimbra foram identificados, recentemente, «cerca de 200 casos» de abandono. Esta sim é uma questão preocupante.

A critica genérica ao corte orçamental, provoca dúvida passará a existir dinheiro em falta ou, se até agora havia dinheiro mal gasto. Sabemos que a gestão democrática da escola pública tem um efeito perverso na eficiência financeira dos recursos disponíveis. O modelo deverá ser híbrido através da profissionalização dos cargos de gestão executiva das faculdades, universidades assim como, em minha opinião deverá haver um compromisso entre a autonomia universitária e um controlo tutelar do Ministério do Ensino Superior, nomeadamente, através de critérios de gestão financeira.

A questão do abandono do ensino superior é algo que merece a nossa atenção. Não acredito que a propina seja a causa deste abandono precoce mas, detecto que a universidade vive de costas voltadas para a vida activa. O estatuto de trabalhador estudante não é aplicado - é verdadeira letra morta - há horários nocturnos são para os piores professores (Marcelo Rebelo de Sousa é uma surpreendente excepção) e, nem sequer existem horário ajustados à formação superior ao longo da vida, quando este é um problema estrutural do país, conforme toda a gente faz questão de gritar aos sete ventos.

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