Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

sábado, março 31, 2007

Protocolo de Colaboração entre o IEFP e as freguesias.

No Auditório da Junta de Freguesia do Santo Condestável na 5ª feira, 29 de Março, juntaram-se cerca de 40 pessoas para ouvir da parte do Dr. Alexandre Rosa, Vice-Presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, um balanço sobre o Protocolo de Colaboração entre o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e as freguesias.

O convidado considerou que as Juntas de Freguesia, constituem, ao nível local, parceiros relevantes dos Centros de Emprego, no desenvolvimento de acções de inserção e reinserção dos desempregados no mercado de trabalho.

Assim, o IEFP considerou que as Juntas de Freguesia podem funcionar como locais de informação e de disponibilização de instrumentos de apoio a procura de emprego, bem como pontos de acompanhamento dos beneficiários das prestações de desemprego, no cumprimento do dever de apresentação quinzenal.

Actualmente, dos 905 pontos de contacto com quem está sujeito à apresentação quinzenal, 461 são juntas de freguesia protocoladas. Segundo foi referido, nos primeiros 3 meses decorreram cerca de 270 000 apresentações quinzenais, sendo 50% delas em Junta de Freguesia.

Em breve estas Junta de Freguesia serão ainda um ponto de acesso a informação através da internet pelos Beneficiários, nomeadamente, através do portal Netemprego.gov.pt .

quinta-feira, março 29, 2007

Tertúlia em Alvalade

Mais uma vez a Secção de Alvalade surpreende-nos pela qualidade do debate que promove.

Reunindo à mesma mesa o Ministro das Obras Públicas Mário Lino, a Deputada Leonor Coutinho e os Coordenadores das Secções de Alvalade e da Secção Sectorial do Ambiente, promoveram um jantar tertúlia sobre o investimento estratégico de um novo aeroporto internacional de Lisboa, na Ota, com a participação de uma centena de convivas - que ultrapassou qualquer expectativa.

Mário Lino, acessível, respondeu a todas as questões e esclareceu todas as dúvidas dos presentes. Num registo surpreendente pela positiva. É assim que devem explicar o investimento ao país.

As principais ideias que retive foram:

- O Aeroporto da Portela está congestionado e não tem slots suficientes para todos os pedidos das companhias aéreas – estamos a perder milhões por isso;
- A TAP quer crescer, assim como os serviços de manutenção em terra, que segundo quem trabalha na área temos um excelente capital humano;
- A Ota é a única solução que não tem impactos mandatórios, que só por si inviabilizam a construção, nos termos do direito comunitário;
- A Ota tem impactos mas, a Técnica pode resolver ou minimizar os impactos;
- Durão Barroso, enquanto Primeiro-ministro, negociou a construção do aeroporto na Ota para que a União Europeia o assumisse como investimento prioritário para si, o que conseguiu, e seria um desperdício financeiro abdicar dos financiamentos conseguidos;
- Não há estudos técnicos, que cumpram as características de um estudo técnico destas envergadura, que apontem uma alternativa.

terça-feira, março 27, 2007

Protocolo de Colaboração entre o IEFP e as Freguesias

No próximo dia próximo dia 29 de Março, pelas 21h30m, no Auditório da Junta de Freguesia do Santo Condestável decorrerá uma sessão de esclarecimento à população sobre Protocolo de Colaboração entre o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e as Freguesias, bem como sobre o Novo Regime de Protecção no Desemprego, com a presença do Vice-Presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, Dr. Alexandre Rosa.

A Junta de Freguesia do Santo Condestável foi uma das freguesias da cidade de Lisboa que subscreveu o Protocolo de Colaboração, no seu caso com o Centro de Emprego de Alcântara para cooperação no acompanhamento dos beneficiários de protecção no desemprego na sua área de influência, nomeadamente, no cumprimento do dever de apresentação quinzenal previsto no novo quadro legal.

domingo, março 25, 2007

Os Grandes Portugueses morreram pela Liberdade.

Caro Carlos,
Não diabolizo nem o Programa, nem o método de votação, nem os "concorrentes". Mas, confesso que votei em Álvaro Cunhal. Não para que fosse eleito o "Grande Português" mas, sim, por respeito aos Grandes Portugues que morreram pela Liberdade.

Nota: na primeira votação, antes da selecção dos dez "finalistas" votei em Salgueiro Maia. Foi também pela sua memória que participei nesta votação.

SALAZAR E AS ELEIÇÕES (ACTUALIZADO)

(ACTUALIZADO)
Em directo na RTP 1, durante a final do programa Grandes Portugueses, conheceu-se o resultado da votação para este concurso: António Oliveira Salazar. Fico triste mas, não valorizo - conforme também disse a eurodeputada Ana Gomes. A propósito desta "eleição" divulgo texto do Professor Catedrático António Brotas, socialista dos quatro costados, que muito admiro e respeito. Aqui fica em jeito de homenagem aos resistentes e por respeito aos Grandes Portugueses que morreram pela Liberdade.
Nota: na primeira votação, antes da selecção dos dez "finalistas" votei em Salgueiro Maia. Foi também pela sua memória que participei nesta votação.

SALAZAR E AS ELEIÇÕES

Agora que Salazar parece em vias de ganhar pela primeira vez uma "eleição", e logo contra o Afonso Henriques, convém lembrar como eram as votações quando ele era vivo.
No que diz respeito à aprovação da Constituição de 1933, foi simples. As abstenções contaram a favor. A maioria foi esmagadora. Os portugueses nem precisaram de sair de suas casas para exprimir a sua "vontade".
Nas eleições legislativas o método também era infalivel. Nas eleições de 1957, por exemplo, em Lisboa, na véspera da eleição, os responsáveis pelas mesas eleitorais foram chamados ao Governo Civil onde receberam a indicação do resultado da votação do dia seguinte com uma margem de erro de 2 %. Assim, na freguesia de São João da Pedreira o resultado devia ser 56 ou 57%.
No dia seguinte houve guarda republicanos que andaram pelas mesas de voto a levar pacotes de votos de "guardas que estavam de piquete", que foram metidos nas urnas pelos presidentes das mesas. Mas isto teve uma relativa pouca importância.
Perto do fim, depois de assegurada a ausência de testemunhas inconvenientes, os elementos das mesas multiplicaram o número total de eleitores por 0,57 e dividiram o resultado pelo número de páginas dos cadernos eleitorais. Tiveram, assim, o número de eleitores de cada página que " deviam votar".
Procederam, então, sem se preocupar em lançar votos nas urnas, à operação de "compor os cadernos eleitorais", descarregando conscenciosamente nos dois cadernos o conveniente número de eleitores que " tinham" votado. A operação foi acompanhada de comentários do tipo: " Este é comunista, mas desta vez vai votar no governo".
Depois, enviaram para o Governo Civil um documento a dizer: "Percentagem de eleitores: 57 %." Mas não se ficaram por aqui: abriram as urnas, contaram os votos, e enviaram para o Governo Civil um outro documento a dizer. " Percentagem real de eleitores, tantos por cento" .
No caso concreto de uma mesa, a percentagem real de eleitores, incluindo os votos dos "guardas de piquete" e 50 votos riscados foi de 28 %, mas os elementos da mesa enviaram um documento a dizer que a "percentagem real", era de 30 %. É provavel que, quando chegasse ao Salazar, esta percentagem já fosse um bocadito mais alta.
Fui testemunha parcial destes factos em 1957. Uma outra testemunha foi o escritor Luis Pacheco a quem envio, 50 anos depois, as minhas saudações e que devia ser agora ouvido. Como comentador da " eleição de Salazar" e porque pode confirmar factos importantes para esclarecer um país que, 30 anos depois do 25 de Abril, ainda está muito mal informado.
Que, ao falar nas eleições do "antigamente", ainda fala em chapeladas, como se a fraude "dos guardas que estavam de piquete" e de uns tantos legionários fosse a mais importante. Salazar era muito mais subtil. Quarenta anos depois de morto, ainda engana o país.
E não só. Quando em Novembro de 1957 cheguei a França vi que os jornais franceses analisavam a situação portuguesa a partir do resultado de 57% de votos obtidos pelo governo nas últimas eleições legislativas.

António Brotas

sábado, março 24, 2007

"Assalto ao quartel de Beja"

Divulga-se duas iniciativas culturais, uma delas que toca na história de Campo de Ourique:
O Professor Catedrático António Brotas participará no próximo dia 29 (às 19h e 30 , na antiga Cooperativa Militar, na Rua de São José nº 24), num painel final de um Colóquio de História Viva, dedicado aos acontecimentos: "Golpe da Sé", "Abrilada de 61" e "Assalto ao quartel de Beja" e começando por abordar o desencadear do "5 de Outubro" de 1910 no quartel de Infantaria 16 em Campo de Ourique.
A conferência dedicada ao "Assalto ao quartel de Beja", em que participa o nosso camarada Edmundo Pedro, é no dia 27 de Março, à mesma hora (19h 30m).

terça-feira, março 20, 2007

Debate “Lei Eleitoral Autárquica”

Dia 22 de Março, 5ª feira, pelas 21h30, os militantes das Secções de Benfica e Carnide, organizam um debate sobre “Lei Eleitoral Autárquica”, cujo moderador será o Coordenador da Secção de Benfica, Pedro Queiroz, e a oradora convidada a Deputada Leonor Coutinho, que na Assembleia da República abordou a situação política da Câmara Municipal de Lisboa, para ilustrar a necessidade de rever a lei eleitoral dos órgãos das autarquias locais.

segunda-feira, março 19, 2007

PS/Alvalade: Um Paradigma de Equipa.


A propósito de uma carta que recebi por e-mail este domingo, recupero este post que já havia escrito e publicado em 4 de Março, que traduz o que penso da Equipa de Alvalade:

Tenho acompanhado de perto a actividade promovida pela Secção de Alvalade do Partido Socialista, impulsionada pelo seu Coordenador, e meu amigo, Arq. Miguel Teixeira. A secção de Alvalade é um exemplo a seguir pelo seu espírito crítico, responsabilidade, capacidade de mobilização e lógica de funcionamento em Equipa.

As Conferências sobre "Gestão Política da Cidade", onde já estiveram Duarte Nuno Simões, João Soares e Gaioso Ribeiro e Dias Baptista, são já um ponto de encontro habitual para quem quer pensar Lisboa para além das habituais danças de cadeiras.

Convido-vos a visitarem o site da Secção: http://www.psalvalade.eu/

domingo, março 18, 2007

Não OTA nem desOTA

Não percebo nada de avião, nem de engenharia, nem de mecânica.

Mas de protecção civil e segurança, qualquer cidadão que tenha responsabilidades políticas deve ter um conhecimento mínimo, logo, de uma coisa tenho a certeza, o aeroporto dentro de Lisboa não deve continuar.

sábado, março 17, 2007

Abjurado: um blog pessoal e intransmissível.

Em sequência dos comentários no post anterior, reafirmo:

Este blog não é colectivo nem pertence a qualquer estrutura ou organização.
Trata-se de um blog PESSOAL, sem política editorial que não seja a da consciência do seu dono, sujeito ao seus gostos, simpatias, livre-arbítrio, humores, ideias e ideiais.

E claro sujeito ao tempo disponível para publicar ou comentar seja o que for.

Bom fim-de-semana!

quinta-feira, março 15, 2007


Microcogeração

No Público.pt:

Os pequenos consumidores de energia eléctrica que disponham de painéis solares fotovoltaicos instalados nos respectivos edifícios passarão a ser remunerados pela venda à rede do excedente de energia eléctrica produzida pelos equipamentos.
Segundo os valores anunciados ontem pelo secretário de Estado adjunto da Indústria e Inovação, Castro Guerra, as instalações até 5 quilowatt (kw) receberão 460 euros por megawatt (mw), enquanto as instalações entre cinco e 150 kw receberão 350 euros por cada mwh produzido.
(...)
Na conferência, organizada pelo Inesc porto, Ceeeta e Cogen, defendeu-se a oportunidade aberta ao desenvolvimento tecnológico por via da batalha contra as alterações climáticas, com uma resposta a explorar na área da microgeração, em que os grandes sistemas eléctricos centralizados dão lugar ao produtor-consumidor. É a mudança de paradigma, segundo os seus promotores.
A microgeração baseia-se sobretudo em tecnologias limpas (renováveis) e de grande eficiência energética (microcogeração). neste campo, as soluções debatidas foram o solar fotovoltaico de filme fino, a microeólica em ambiente urbano, as pilhas de combustível (fuel cells), as microhídricas em ambiente construído, entre outras.

domingo, março 11, 2007

Santarém de luto.

Hoje fiquei triste. Ao fim da tarde soube que o Cine-Teatro Rosa Damasceno, de Santarém, ardeu esta noite.
Foi ali que fui ao cinema pela primeira vez na infância e durante os tempos de liceu.
Há muito que o querem demolir e construir habitação, comércio e uma discoteca, segundo consta. Espero que esta machadada no património cultural scalabitano redobre a vontade de revitalizá-lo como espaço cultural.

No Público.pt:

O cineteatro Rosa Damasceno, em Santarém, ardeu hoje de manhã, tendo desaparecido por completo a cobertura e a antiga sala de cinema, encerrada há vários anos, disseram fontes dos bombeiros e da autarquia. (...)

Martinho da Silva, presidente da assembleia-geral da Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém, lamentou o estado de abandono em que se encontrava aquele espaço cultural da cidade e ficou consternado com a "notícia triste" recebida hoje.

Martinho da Silva referiu que o espaço havia sido completamente entaipado há dois anos, quando a associação chamou a atenção para o fácil acesso àquele local."

Até aqui vivíamos na esperança" de que aquele espaço cultural fosse devolvido à cidade, disse Martinho da Silva, acrescentando esperar que o que vier a suceder ao Rosa Damasceno mantenha um carácter público, de preferência de dinamização cultural, sobretudo quando se fala em tornar mais vivo o centro histórico de Santarém.

Emília Pacheco: Judiciária deve "ir até ao fim"

Maria Emília Pacheco, anterior presidente da direcção daquela associação e actual membro dos seus corpos sociais, sublinhou a importância do edifício, tanto para o país, como peça do modernismo português.

No seu entender, os responsáveis deviam ter "vergonha" do prolongado abandono a que o edifício foi votado, pelo que é sua obrigação fazê-lo "renascer das cinzas", salvaguardando o que restou e devolvendo-o como espaço público à população.

Para Emília Pacheco, a investigação hoje iniciada pela Polícia Judiciária deve "ir até ao fim, doa a quem doer", para apurar quem "foram os verdadeiros responsáveis" pelo incêndio.

A Zara e Portugal

A saída da produção da Zara de Portugal, a ser verdade, não deixa de ser uma consequência do mundo globalizado mas, ao provocar 10 000 desempregados, também a ser verdade, merece uma resposta à altura dos consumidores portugueses e, porque não, europeus.

Por mim, até esta história de esclarecer, preventivamente, não torno a comprar nada na Zara nem nas lojas do Grupo.

Ler notícia do Correio da Manhã.

sexta-feira, março 09, 2007

A concorrência regula bem?

Na Agência Financeira a própósito da visita de Abel Mateus ao Parlamento:

O deputado Hugo Velosa interrogou a AdC sobre a possível existência «de indícios de que as entidades reguladoras sejam governamentalizadas». Os deputados presentes, com excepção da representante do PS, Leonor Coutinho, demonstraram descontentamento quanto à demora da decisão da AdC em pronunciar-se sobre a OPA em questão, levando o deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, a dizer que a AdC «fracassou na análise» por não conseguir conter o «monstro da concentração» financeira.

Para Abel Mateus, a fusão de dois dos 5 maiores bancos nacionais «não prejudica a concorrência» se os remédios de desinvestimento e redução dos «switching costs» (custos associados à mobilidade bancária) forem tidos em conta. A AdC, que procura «respeitar as estratégias empresariais desde que elas não prejudiquem os interesses dos consumidores considera ainda «que o limite de concentração bancária está em 4 bancos», cenário que se tornará verdadeiro caso a OPA se concretize. Ainda assim, apelou a outras entidades, como o Instituto do Consumidor, para estarem atentos ao mercado: «Os trabalhadores são defendidos pelos sindicatos. E os consumidores, quem os defende? Esses estão desprotegidos», concluiu Abel Mateus.

quarta-feira, março 07, 2007

Xaropadas

E porque é que era preciso convercer a aceitar remédios?

No Negócios.pt de hoje:

Abel Mateus justificou o atraso na emissão do projecto de decisão sobre a OPA ao BPI com o facto das negociações com o BCP terem sido "muito complicadas e demoradas porque o banco assumiu a postura de que não havia problemas de concorrência".

Foi preciso tanto tempo..???

Ontem lia-se no Diário Digital:

O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, assinou esta terça-feira o despacho de redistribuição de pelouros, atribuindo o cargo de vice-presidente, anteriormente ocupado por Fontão de Carvalho, à vereadora Marina Ferreira, disse à agência Lusa fonte municipal.

terça-feira, março 06, 2007

Ribeiro e Castro poderá fazer mossa no PSD.

Não gosto de falar das eleições internas de partidos dos quais não sou filiado. No entanto, face às tropelias que José Ribeiro e Castro tem enfrentado desde que, legitimamente e democraticamente, ganhou duas vezes as eleições no interior do CDS, não quero ficar indiferente e por isso demonstro a minha admiração pelo carácter do Dr. Ribeiro e Castro ao demonstrar firmeza e, apesar de ideologicamente encontrarmo-nos em campos muito distintos, a nobreza de carácter é sempre de louvar.
Paulo Portas, acima de tudo, está insuflado pela teatralidade com que gere a sua presença no palco político, sem nunca ter conseguido protagonizar uma verdadeira alternativa ao PSD. Aliás basta analisar os resultados das legislativas, autárquicas e europeias anteriores ao consulado de Paulo Portas para confirmar os seus fracos resultados e decorrente da
Se Ribeiro e Castro ganhar a Paulo Portas, aí sim, Ribeiro e Castro poderá fazer mossa no PSD.
Aliás, o gémeo do Dr. Portas já comentou ao Público: "Estou convencido que o dr. Paulo Portas jamais aceitaria candidatar-se sem em primeiro lugar ter contado os que estão a seu favor ".
Por natureza, eu não gosto de factos consumados. Será que os militantes do CDS gostam?

Regulação da exposição involuntária ao fumo.

Apoio, totalmente, a posição do Governo vertida na proposta de lei aprovada em Conselho de Ministros, para ser apresentada à Assembleia da República, onde este define muito bem os seus objectivos:
a) protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco;
b) medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.

Nos locais de trabalho, serviços da administração pública, os estabelecimentos de ensino, de saúde e locais de atendimento ao público, deve ser regulada a emissão de fumo ao qual os cidadãos estão involntariamente expostas. Essa regulação deve ser graduada desde a proibição total até à existência de zonas separadas para fumadores, se esses locais permitirem essa separação. No caso dos estabelecimentos de restauração e nocturnos, julgo que não se deve abrir mão da proibição total nos pequenos recintos ou na existência de zonas separadas a partir de determinada dimensão pois a sociedade não deve deixar de valorar negativamente, através do direito, o consumo de tabaco.

Vamos ver se na Assembleia da República, onde tantos deputados dos diversos partidos fumam, a proposta não será desvirtuada. Já sabemos que em comissão e na especialidade, será fácil tornar inoperacional ou ineficaz a lei que for aprovada.

segunda-feira, março 05, 2007

Últimas compras...

Quatro compras para ler nos próximos tempos:

Gestão de Clientes no Céculo XXI; Edições Sílabo; CORREIA, Eduardo; VASCONCELOS, Fernando; SILVÉRIO, Filipe; SANTOS, Cristina; 2004

O Prazer de Emagrecer; Caderno; PÓVOAS, Fernando; 2007

Máscaras de Salazar; casadasletras; DACOSTA, Fernando; 17ª Edição 2007

Criando Bin Ladens - a América, o Islão e o Futuro da Europa; Bizâncio; SHORE, Zachary; 2007

«Eleições na CML só em 2008»

Título do SOL: «Eleições na CML só em 2008»

Excertos das declarações de Joaquim Raposo, Presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialista, ao jornal SOL, na edição de 3 de Março, sábado passado, sobre a crise na Câmara Municipal de Lisboa:

Até quando é que se vai manter esta situação na Câmara?
Esta crise não é da responsabilidade do PS, mas do PSD. Quem tem a responsabilidade de arranjar uma solução para a crise que está criada é o PSD. O PS vai aguardar nos próximos meses que o PSD apresente uma proposta: ou que não tem condições para governar e vai para eleições ou que tem condições para o saneamento financeiro da Câmara.
E ao fim desse tempo?
Se eles não tiverem capacidade de apresentar uma coisa ou outra, o PS dee dizer que foram dadas todas as condições ao PSD para uma solução e, nesse caso, faz todo o sentido devolver ao povo de Lisboa uma decisão sobre a matéria.
Só nessa altura o PS pedirá abertamente eleições?
Sim, mas também não me parece correcto que vá para uma presidência portuguesa da União Europeia com eleições em Lisboa. Teria de ser depois. Não de vejo outra forma. Fazê-las durante a presidência era mau para a imagem de Portugal.

domingo, março 04, 2007

No mínimo estranho.

Dois acontecimentos, no mínimo estranhos, a meu ver um positivo e outro negativo, são a confirmação que a sociedade portuguesa está a mudar, ou já mudou:

1º À entrada para a Assembleia Geral de Accionistas da PT, trabalhadores e sindicatos aplaudem o patronato, a saber: o presidente do Conselho de Administração e os accionistas que deram a cara pelo "poder instituído" na PT;

2º Uma contra-manifestação pró-Salazar, abertamente, afrontou os opositores de um futuro Museu em memória de Salazar e do Estado Novo.

Há que estar atento. Um resto de um bom domingo cinzento!

sábado, março 03, 2007

Cartão de Cidadão e Recenseamento Eleitoral.

A propósito do diálogo no Tugir sobre o recenseamento eleitoral, divulgo questão colocada à UCMA e sua resposta:

---------- Forwarded message ----------
From: Unidade Coord Modern Administrativa - UCMA
Date: 27/02/2007 16:05
Subject: RE: Cartão de Cidadão: Recenseamento Eleitoral
To: Pedro Cegonho

Exmº Senhor
Pedro Cegonho,
Muito obrigado pelo seu interesse por este projecto.
Partilhamos a sua visão. Com o cartão de cidadão irá desaparecer o recenseamento eleitoral obrigatório e autónomo. O recenseamento eleitoral passará a ser um subproduto da base de dados da identificação civil, automaticamente actualizável com a ocorrência dos respectivos factos constitutivos (idade...), modificativos (residência...) e extintivos (morte...). Teremos assim um recenseamento fidedigno e actual.
A revisão dos sistemas eleitorais não deve ser feita de um dia para o outro. A credibilidade e a confiança dos cidadãos nas eleições são requisitos fundamentais para a legitimação da democracia. Daí que todo este processo esteja a avançar com muitas cautelas. Primeiro vamos divulgar e massificar o uso do cartão de cidadão, eliminando todos os receios que ainda possam subsistir sobre a protecção dos dados pessoais; passaremos depois à alteração da lei do recenseamento eleitoral para chegar, finalmente, ao voto electrónico.
Com os melhores cumprimentos.

João Ramos
Adjunto da Unidade de Coordenação da Modernização Administrativa
joaor@ucma.gov.pt

-----Mensagem original-----
De: Pedro Cegonho [mailto: pedro.cegonho@gmail.com]
Enviada: quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2007 10:26
Para: Unidade Coord Modern Administrativa - UCMA
Assunto: Cartão de Cidadão: Recenseamento Eleitoral

Isto é um email de inquérito de
Pedro Cegonho

Bom dia!
Estive a ler a informação no vosso site e não encontro qualquer referência ao recenseamento eleitoral automático, que julgo ter visto divulgado na imprensa.
Hoje em dia fala-se muito no combate à abstenção e, pessoalmente, julgo que teria um enorme impacto: o recenseamento eleitoral e suas actualizações serem automáticas, via Cartão do Cidadão; o Cartão substituir também o Cartão de Eleitor e o Cartão do Cidadão permitir votar através de uma rede informática fechado, por exemplo, o Multibanco.

Bom trabalho!
Pedro Cegonho

sexta-feira, março 02, 2007

O Mito.

Caro LNT,

Nunca gostei do mito dos insubstituíveis. De facto, só quem não percebe nada de sistemas de informação e gestão de projecto pode achar que um salário acima da média é sinónimo automático de milagres de eficiência e eficácia.

Como bem dizes: Dizem os mesmos, acérrimos defensores da contenção de despesa do Estado, que estamos perante uma catástrofe e recusam descortinar que, embora tenha sido evocada a intervenção divina, o milagre a que se referem resulta de um investimento político acrescido na implementação de tecnologias que hoje, já consolidadas, apresentam resultados planeados há uma década.

Era bom que todos lessem o que já escreveste em tempos. São registos muito elucidativos:

http://tugir.blogspot.com/2006/10/1_116146979971665036.html
http://tugir.blogspot.com/2006/10/1_116146123386206222.html
http://tugir.blogspot.com/2006/10/1_116146083566937165.html

Um grande Abraço!

Contador