Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Ainda a CML.

Caro Luís,

Desses boatos nada sei, nem me interessam.

Discordo da distinção da legitimidade de mandatos que efectuas em relação a Presidente e Vereadores da Câmara Municipal pois, nada na Constituição ou na Lei distingue o Presidente com uma legitimidade eleitoral própria, dado que é eleito numa lista para um órgão colegial e, apenas no seu âmbito, tem competências próprias (e outras que podem ser-lhe delegadas pela própria Câmara. E também por isso, qualquer Vereador pode ser indicado como seu substituto).

Continuo a rever-me nas palavras do PS no caso de Setúbal, discordo, por isso, com qualquer forma de sobreposição dos interesses partidários ao voto legitimamente expresso pelos eleitores.
De qualque forma, concordo com o Carlos: não vi qualquer desmentido ao conteúdo da entrevista. Esse sim é grave. Cito a entrevista nas afirmações sobre o cabeça de lista: «Não esteve envolvido, por exemplo, em votações como o Alcântara 21, orçamento e plano, SRU, Baixa-Chiado, quadro de pessoal ou relatório de gestão da EPUL. Não participou em debates como a Infante Santo, Lei das Finanças Locais, reestruturação da Carris ou recentemente o estado da cidade. Isto compromete a eficácia de todo o grupo dos vereadores do PS na CML.»

Que o PS de Lisboa, Secretariado e Comissão Politica, preparem as próximas eleições com o seu timming, têm todo o meu apoio, agora não podem eternizar limbos, ausências de liderança. Por exemplo, deixando que o PS tenha uma posição na câmara e outra na Assembleia Municipal. Dou de barato quem escolhem para protagonizar a transição, agora, o rosto de uma derrota estrondosa deve dar lugar a um líder de oposição a tempo inteiro e retirar-se para o seu trabalho parlamentar.

2 comentários:

LRC disse...

Nada há a desmentir. O Sr. Gaioso tinha que, conforme se diz no comunicado, criticar no sítio certo. E de olhos nos olhos, a quem o convidou para nrº 2 da lista. Esse mesmo que ele agora ATRAIÇOA públicamente. Como tu dizes, a lei confere-lhe direitos, mas o Partido já lhe deu o direito de pedir a demissão.
Quanto ao PS/Lisboa, teremos hipótese de, no local certo, apoiar a defesa de estratégias. Como sempre, no PS nada se impõe e decide-se por votos. E em democracia, as minorias submetem-se às maiorias. Por 1 se ganha, por 1 se perde.
Já agora: ainda te lembras de quem era o(s) candidato(s) da Concelhia a candidato a presidente da CML? Lembras-te de quem foi a escolha final? Daqui a 3 anos, vai ser igual. Um abraço.

CMC disse...

Devo confessar que há anos ando para escrever um livro adaptado aos tempos correntes acerca daquilo a que costumo designar pela "síndroma Eichmann"! (No que a estrutura estritamente comportamental diz respeito, obviamente.)

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