Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

quarta-feira, maio 31, 2006

terça-feira, maio 30, 2006

Menos 400 mil toneladas de poluíção.

Conforme o que já tinha sido anteriormente anunciado pelo primeiro-ministro José Sócrates, a Galp noticiou que vai abastecer o mercado nacional de gasóleo já com uma incorporação de 5% de biodiesel.
São menos 400 mil toneladas de CO2 e de outras partículas poluentes como hidrocarbonetos e enxofre, para o meio ambiente.

Boas notícias da empresa liderada por Murteira Nabo!

segunda-feira, maio 29, 2006

Nota positivas...

Eu até tenho o hábito de ser muito exigente com este nosso Governo (mesmo sendo do PS). É que não gosto de ver entrar pela janela, aquilo a que não se quis escancarar a porta.

Por exemplo, apoio todas as medidas de reestruturação e reforma da segurança social, apesar de já ter 9 anos de descontos e, quando chegar aos 65 ter 47 anos de descontos e, ainda assim, não saber se recebo alguma coisa… entretanto, penso que uma medida verdadeiramente de esquerda seria a de garantir que, em caso de colapso do sistema, com saldo negativo de contribuições, obviamente o orçamento de estado garantiria as prestações sociais fundamentais.

Enfim, entretanto, nota positiva para as seguintes medidas:

- Sanções para as Autarquias Locais e Regiões Autónomas que não cumpram os limites de endividamento a que estão obrigadas ou que aumentem as despesas com o pessoal;

- Fim da exclusividade da propriedade das farmácias;

- Generalização da regra da prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI) do principio activo;

- Envio de destacamento português de 120 GNR em Timor-Leste, que será responsável pelo policiamento de Díli e dos subúrbios.

sábado, maio 27, 2006

Rock in Rio - Lisboa 2006

Eu Fui! Ontem.
Cinco estrelas. Confusão para comprar bebibas e comidas mas, o resto compensou. Juventude, pais e avós... quase 100.000 pessoas...
Tudo muito ordeiro para sair de lá, mas o metro e os autocarros com dificuldades em dar vazão. Já agora, por onde andaram os táxis de Lisboa que tanto se queixam da falta de serviços? Assim se vê...
Gostei.

quarta-feira, maio 24, 2006

Concentração na banca.

Diz o Jornal de Negócios online : «Abel Mateus, presidente da Autoridade da Concorrência, afirmou hoje na Comissão de Orçamento e Finanças na Assembleia da República, que o nível de concentração na banca portuguesa é superior à média europeia, o que explica as comissões elevadas praticadas no sector.» in www.negocios.pt

Quando Abel Mateus foi meu professor de Análise Económica na Universidade Nova de Lisboa achei que os anos passados nos EUA o teriam distanciado da realidade portuguesa e europeia mas, provavelmente essa distância proporcionou-lhe os horizontes alargados de que esta afirmação e a posição face à prática proibida no acordo vertical no caso Nestle são prova.

Também para análise da concentração bancária em Portugal, Abel Mateus tem do seu lado a longa experiência como Administrador do Banco de Portugal.

terça-feira, maio 23, 2006

Interrogações...

Porque carga de água, uma mulher cujo estado civil seja solteira não pode engravidar, através de técnicas de reprodução medicamente assistida?
Mais uma machadada no principio constitucional da igualdade e no direito fundamental de constituir família?
Estará o estado a passar um atestado de menoridade a todas as mães solteiras deste país?

Faça-se luz!

Ah... aqui está algo que realmente faz falta a Portugal!

Segundo a imprensa «O Governo socialista já está a escolher os elementos que constituirão a Entidade Reguladora da Energia para o Nuclear, um órgão preponderante para a instalação de uma central nuclear no país.».

De facto, estabelece a directiva comunitária desde 2004, transposta em Agosto de 2005, que «Cada Estado-Membro deve dispor de uma entidade reguladora, que exerce as suas actividades com total independência. Esta entidade emite autorizações e controla a aplicação da regulamentação em matéria de implantação, concepção, construção, colocação em serviço, exploração ou desmantelamento das instalações. A responsabilidade primeira da segurança de uma instalação nuclear cabe ao titular da autorização emitida pela entidade reguladora.»

Mas, qual a urgência da criação deste organismo? Porquê tantas notícias veiculadas pressionando para um debate sobre o nuclear, se tantos outros debates estão por fazer, como o da eficiência energética, por exemplo. Eu não acredito em bruxas mas...

segunda-feira, maio 22, 2006

Notas

Grande Carrilho! Era assim que devia ter reagido durante toda a campanha.
Nota: Emídio Rangel sobe na minha consideração.

Fui ver “O Código de Da Vinci”. Li o livro de Dan Brown e o filme não me decepcionou. Tirando a ficção óbvia, a história descreve-nos variadas abordagem do sagrado e da dicotomia bem/mal, que nem sempre é visível e discernivel, como o preto e o branco. Cada um acredita no que quiser. Mas, na verdade, essa é a mais bonita das liberdades: o livre-arbítrio.

sexta-feira, maio 19, 2006

Ando por aí...

Não julguem que arranjei ocupação no ATL da EDP.
Continuo, onde sempre estive, desde há mais de cinco anos e, espero continuar a contribuir para essa criação de valor, pelo menos, por mais 4 anos.

Agora, ando a começar a preparar os exames e a fazer os últimos testes na FDL. Por isso, a falta de escrita neste blog. Essa é a prioridade. Também, para poder considerar outros rumos e responder a novos desafios.

Entendo que, quer a felicidade no campo pessoal, quer a realização no campo profissional, só fazem sentido e podem ser plenas, quando o destino está nas nossas mãos e é por nós controlado. Foi isso que, também, aprendi com o exemplo de Alegre: somos nós que escolhemos os desafios e temos sempre a possibilidade de dizer que não. Assim, somos livres. Bom fim de semana!

P.S. 1 - Recomendo a leitura deste texto no Tugir.
P.S. 2 - Estarei sempre com Manuel Alegre no PS. O resto, penso que não faz sentido.

segunda-feira, maio 15, 2006

A energia das ondas.

Agora que o Governo livrou-se do projecto da nova refinaria, já pode olhar , com mais fôlego, para projecto inovadores no sector energético.

Um exemplo disso, foi noticiado, há dias, no site da RTP: duas empresas, a Enersis e a escocesa Ocean Power Delivery, vão investir 8,5 milhões de euros para criar, na Póvoa de Varzim, o primeiro parque de ondas capaz de gerar electricidade.

Segundo o site da RTP, “O parque vai ser constituído por três máquinas, tecnologia Pelamis, com uma capacidade de seis GigaWatts/h (GWh) por ano, o que dará para abastecer electricidade a sete mil pessoas. (…) O projecto é financiado maioritariamente por capitais próprios tendo um apoio de 1,25 milhões de euros do programa de incentivo à modernização da economia PRIME.

Agora que a refinaria já foi, bem podiam arranjar mais uns pozinhos para estes projectos.

domingo, maio 14, 2006

Centenário de Humberto Delgado - 15 de Maio - Aeroporto de Lisboa


Na sexta-feira passado assisti, na RTP 2, ao documentário "Meu Pai, Humberto Delgado" onde o General Sem Medo foi apresentado às novas gerações por Iva Delgado.

Fiquei surpreso com a modernidade do discurso do General, quase vinte anos antes do "dia inteiro e limpo" e poesia "estar na rua". Descobri ainda que, Humberto Delgado, além de de piloto-aviador, foi fundador da TAP e diplomata militar na NATO.

Sugiro a visita ao site da Fundação Humberto Delgado, pelo menos à minha geração, que já nasceu após a conquista da liberdade, na qual confio que caso se fosse necessário, a defenderia tão bem, não envergonhando a memória do General Sem Medo.

Segundo o Site da Fundação:«Sob o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e numa iniciativa conjunta da ANA-Aeroportos de Portugal, dos CTT-Correios de Portugal e da Fundação Humberto Delgado, a Comemoração oficial do Centenário do Nascimento de Humberto Delgado tem lugar no Aeroporto de Lisboa em 15 de Maio de 2006, às 17 horas, na zona das chegadas.»

sábado, maio 13, 2006

A não confessionalidade do Estado

O Expresso de hoje descobre a pólvora: «O Partido Socialista apresenta na próxima semana um projecto de lei sobre o protocolo de Estado que exclui o cardeal-patriarca de lugares de honra nas cerimónias oficiais.»

A Assembleia da República não fará mais do que cumprir a Lei n.o 16/2001 de 22 de Junho, Lei da Liberdade Religiosa

A surpresa só poderá advir de quem, na espuma do sensacionalismo, nem se dignou a consultar Artigo 4º da referida Lei, que declara o Princípio da não confessionalidade do Estado: Nos actos oficiais e no protocolo de Estado será respeitado o princípio da não confessionalidade.

Recorde-se que a favor do diploma estiveram PSD, CDS/PP para além da maioria dos deputados dos PS.

“Sob o Signo da Verdade”

Aproveitei a manhã de sábado para, depois de passar a vista pelas “as gordas” do Público no café, passear pelas livrarias daqui de Campo de Ourique.
Já alertado pela entrevista-comentário de Ricardo Costa à SIC Notícias, que assisti na 5ª feira no ginásio, e pela mordácia de Vasco Pulido Valente no Público de hoje, lá fui folhear o novo livro, “Sob o Signo da Verdade”, que se encontra nos escaparates de Manuel Maria Carrilho.
Apenas folheei alguns capítulo e o índice e, confesso que fiquei com vontade de o ler, vontade essa que só será mitigada com as leitura sobre o sector energético, que vou a meio, e com os estudos de Direito Internacional Público que tenho que terminar até dia 22. Depois disso, é possível que o leia com atenção.
Confesso que não percebo o “choque” dos comentadores do costume (ou dos costumes?).
Se Manuel M. Carrilho achou que devia apresentar a sua visão em livro sobre a cobertura jornalística do período pré e de campanha eleitoral, para a CML, é livre de o fazer, e os media têm que se habituar ao contraditório – concordemos ou não com a perspectiva de M. M. Carrilho ou com os seus argumentos, bem como com a oportunidade ou assertividade do livro.
Dois factos que Carrilho comenta e que me parecem justificados:
1º - A polémica da presença de Bárbara Guimarães ao lado do marido: penso que só uma visão profundamente machista e mesquinha é que não considera normal que o cônjuge apoie o seu companheiro neste tipo de actividades – então alguém se espantará com o apoio de Maria Silva a Aníbal Cavaco Silva, ou de Maria Barroso ou de Mafalda Durão Ferreira a Mário Soares e Manuel Alegre, respectivamente? Ou no plano internacional, alguém se surpreenderá com o apoio de Bill Clinton a Hillary Clinton?
2º - Carrilho afirma a inexistência de um “vídeo familiar”: eu estive nessa sessão de lançamento no CCB onde assisti a um vídeo de recolha de testemunhos sobre o candidato, bem como apresentava em discurso directo uma série de ideias e prioridades para a cidade. Porque carga de água é que nos diversos testemunhos recolhidos sobre Carrilho a família teria que ficar de fora? Carrilho, mais uma vez, tem razão.
Pareceu-me que Carrilho deixou de fora um importante tema que estará a jusante do que expõe no livro: onde estão os comentários sobre as “fontes” de informação que, em muitas ocasiões deixaram cair as suas intoxicações, como por exemplo as que motivaram as parangonas dos jornais no dia dessa própria sessão do CCB?

quinta-feira, maio 11, 2006

Duas notas positivas:

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, nomeou hoje Jorge Sampaio primeiro enviado especial do plano da ONU "para acabar com a tuberculose", missão que cumprirá ao longo dos próximos dois anos.

A refinaria de Petróleo, apresentada há cinco meses pelo ministro da Economia como um dos grandes projectos de dinamização das exportações portuguesas, foi ontem chumbada pelo Governo, nomeadamente devido ao estudo de impacte ambiental.

quarta-feira, maio 10, 2006

«De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens»

Foi este o lema bíblico de S. Paulo que norteou o episcopado de D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, cujo centenário do seu nascimento hoje se comemora.
Nascido a 10 de Maio de 1906 na freguesia de Milhundos, no concelho de Penafiel, faleceu no dia 13 de Abril de 1989.
«Coincidindo com a campanha da candidatura presidencial de Humberto Delgado, em 1958, e, no exercício do magistério episcopal e em defesa da doutrina social da Igreja Católica, teve a coragem frontal de, numa carta dirigida a Salazar (então, chefe do Governo), tecer críticas contundentes relativas à situação político-social e religiosa do País, o que lhe veio a acarretar a viver exilado. Durante o exílio teve residência em Espanha, República Federal Alemã e França, tendo o Papa João XXIII nomeado-o membro da Comissão Pontifícia de Estudos Ecuménicos para a preparação do Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965. Neste concílio (o 21.º concílio ecuménico da Igreja Católica) teve intervenções sobre a nomeação dos bispos (em 7 de Novembro de 1963) e sobre Ecumenismo (13 dias depois), respectivamente nas 62.ª e 71.ª Congregações Gerais do Concílio.»
bibliografia: Diciopédia 2001, Porto Editora.

terça-feira, maio 09, 2006

E esta hein…???

Esta do Estado português celebrar um protocolo para portugueses nascerem em Espanha (Badajoz) porque é 38 por cento mais barato do que em Portugal, tem muita piada.

Posto de combustíveis encerrado.

Segundo o Diário de notícias de hoje, a Câmara Municipal de Lisboa, através da Vereadora Gabriela Seara divulgou que o posto de abastecimento de combustíveis da em Campo de Ourique, na Rua Correia Teles, vai ser encerrado definitivamente, já que não se encontra de acordo com a legislação actualmente em vigor, publicada em 2002, por se encontrar muito perto de edifícios de habitação.

Quando se faz bem, merece-se um aplauso.

Serviços públicos locais

Confesso o meu desinteresse por esta matéria, daí analisá-la de uma forma completamente desapaixonada. Mas, como na leitura diária do Tugir têm surgido reacções às medidas do Prof. Correia de Campos relativas ao encerramento das maternidades, lembrei-me do seguinte:
Do ponto de vista da gestão pura, aumentar a alocação eficiente de recursos para melhorar a eficácia das respostas do serviço público de saúde, as mediadas até poderão fazer algum sentido. O problema é que fazem sentido só no curto prazo.
Passo a explicar, todas as medidas de centralização têm efeitos nos custos de curto prazo mas, assentam numa premissa em que as formas de distribuição e de deslocação geográfica são exequíveis, dadas por adquiridas, baratas e igualmente acessíveis a todos os cidadãos.
Agora, olhem para o preço do petróleo, e para a sua depleção, e digam lá se, mais tarde ou mais cedo, a descentralização das maternidades, centros de saúde, escolas, etc não vai acabar por ser reposta. A não ser que o Estado falhe enquanto projecto colectivo. O que eu não acredito. Agora, nos próximos anos (curto prazo) poupe-se lá uns tostõezitos…

segunda-feira, maio 08, 2006

Decréscimo dos preços da gasolina.

Como noticiámos o aumento, aqui fica a informação do decréscimo dos preços da gasolina e do gasóleo pela Galp Energia.

A Galp Energia baixou um cêntimo nos preços da gasolina e do gasóleo, acompanhando a tendência de descida das cotações internacionais dos produtos refinados e do crude.

Assim, o litro de gasóleo na Galp passa a custar 1,088 euros por litro, a gasolina sem chumbo 95 1,348 euros e a gasolina sem chumbo 98 1,413. O gasóleo G Force vai custar 1,158 euros por litro e a gasolina G Force 1,483 euros por litro.

Cinema.


Missão Impossível III
Acção, acção e mais acção. A história é suplantada pelos efeitos especiais.
Para além da inconfundível banda sonora!

domingo, maio 07, 2006

ProEnergia

Eu já tinha boa impressão do Governo Regional dos Açores, agora confirmo a boa impressão: as pequenas e médias empresas (PME) e os particulares que invistam em equipamentos de energia renovável poderão vir a receber subsídios, que podem ir até 250 mil euros, até 50% do investimento total, num programa de incentivos regional denominado ProEnergia.

Conversas sobre a Freguesia II

Estará para breve a marcação de mais um encontro sobre os assuntos da nossa freguesia (Santo Condestável).
Aliás, é uma prática saudável que se quer muitas vezes repetida e, desta vez, parece que vamos ter mais presenças!
Recordo que, no passado dia 30 de Março, conversámos acerca de diversas questões e problemas da freguesia, desde árvores, pilaretes e sinalética de trânsito em falta, passando por dificuldades de transporte até ao Centro de Saúde e na ligação dos novos bairros ao planalto, acabando nos problemas de salubridade e segurança dos moradores nos prédios da Rua do Arco do Carvalhão contínuos a edificações já demolidas.

sábado, maio 06, 2006

Banco Alimentar em nova campanha.


Depois de tanta energia, petróleo, concorrência e privatizações e, imediatamente antes de nos "atirarmos" ao Direito Internacional Público, aqui fica um pouco de solidariedade. Comunicado do Banco Alimentar:

«O Banco Alimentar Contra a Fome volta a recolher alimentos no fim-de-semana de 6 e 7 de Maio em 591 estabelecimentos comerciais localizados nas zonas de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Aveiro, Abrantes, S. Miguel, Setúbal, Cova da Beira e Leiria-Fátima e, pela primeira vez, nas Caldas da Rainha⁄Óbidos. A campanha deste fim-de-semana constituirá também a oportunidade para testar uma nova modalidade de recolha, mais flexível e adaptável a estabelecimentos de menor dimensão, designada "Ajuda-Vale".
(...)
A Campanha-Vale permitirá a recolha de alimentos em lojas de pequena dimensão, através de uma abordagem em que continua deixada ao cidadão a escolha dos produtos que pretende destinar ao Banco Alimentar Contra a Fome, embora a restante logística seja assegurada pelo próprio estabelecimento. Este sistema é especialmente adequado às pequenas superfícies, em que é impraticável a reunião das condições necessárias para a presença de voluntários, recolha pública, etc.» Texto Integral

sexta-feira, maio 05, 2006

A qualquer preço.

Há coisas que não se vendem «a qualquer preço», sobretudo se estiver em causa os valores dos accionistas.

Eu não vendo.

quinta-feira, maio 04, 2006

E quem paga a crise?

Pagamos todos... a Galp aumentou novamente os preços de referência dos combustíveis para a sua rede de abastecimento em 0,9 cêntimos por litro...

quarta-feira, maio 03, 2006

As questões fundamentais.

Pelo que tenho lido, dos dias de hoje para a frente, dois temas determinarão as opções políticas: a disponibilidade de água potável e a existência de energia alternativa aos combustíveis fósseis, em quantidade suficiente.

Tudo o resto está em causa, se estes dois objectivos falharem. Quais reformas e qual déficit...

Mais uma refinaria?

Segundo notícia no Público.pt, o projecto da nova refinaria apresentado publicamente no dia 9 de Dezembro do ano passado, para Sines, pelo empresário Patrick Monteiro de Barros, foi alterado e agora será mais poluente, mais caro para os contribuintes, prevendo menos exportações e, concorrendo com outros investimentos, sem apoios estatais, de outras empresas.
Ou seja, de um projecto inicial em que se previa:

2,5 milhões de toneladas anuais de emissões de CO

24000 milhões de euros de investimento

1500 milhões de euros de exportações

O projecto prevê agora:

Seis milhões de toneladas anuais de emissões de CO2

Seis mil milhões de euros de investimento

Uma central de co-geração de 300 megawatts

750 milhões de euros de exportações

É caso para dizer, com as calças do meu pai… também sou um grande homem.
Precisamos de insistir em refinarias de Petróleo?
Ora, o investimento financeiro da parte o Orçamento do Estado, que se situa entre 900 e 1200 milhões de euros, não era melhor aproveitado para as energias alternativas? O país não lucrava mais?

Controlo das jazidas de gás e de petróleo na Bolívia.

O Presidente boliviano, Evo Morales, anunciou segunda-feira a nacionalização de todos os hidrocarbonetos da Bolívia, onde o exército assumiu o controlo das jazidas de gás e de petróleo, e prometeu uma vaga de outras nacionalizações.

Os governos espanhol e brasileiro querem resolver através do "diálogo" as situações decorrentes da decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalizar o sector energético, que ambos vêem com "a maior preocupação". A petrolífera estatal brasileira Petrobras é a principal investidora na Bolívia e a hispano-argentina Repsol YPF é uma das maiores empresas estrangeiras a operar na Bolívia, onde fizeram investimentos importantes.

Depois admiram-se que os Neocons queiram uma “Nato do Petróleo” para o mundo civilizado começar a controlar estes apetites. Mas, tudo passa pelo menos consumo energético e uma maior eficiência nesse consumo. Mais uma “frente de batalha” aberta na guerra energética… Onde é que isto vai parar?

Reservas de petróleo «confortáveis» na UE

Na reunião da última terça-feira (25 de Abril) os estados membros da EU confirmaram que os níveis actuais do stock de petróleo, para usar em caso de emergência, na Europa, se situam em 117 dias de consumo, acima dos 90 dias obrigatórios.

Ver press-release original.

terça-feira, maio 02, 2006

Energias Alternativas: Revista de Imprensa

Como o assunto é sério, e depois de um fim-de–semana de leituras pessimistas, descubro algumas pequenas boas notícias:

- Segundo o Diário Digital: a General Electric vai implementar o seu projecto de energia solar em Portugal, tendo escolhido a zona de Serpa para instalar aquela que irá ser a maior central fotovoltaica do mundo.
O projecto que será implementado num terreno de 60 hectares resulta da iniciativa de duas empresas norte-americanas e de uma portuguesa e, representará um investimento na ordem dos 60 milhões de euros.
A nova unidade de produção contará com uma potência de 11 megawatts e 52 mil módulos fotovoltaicos e irá permitir fornecer electricidade a oito mil lares portugueses, permitindo poupar mais de 30 mil toneladas anuais de emissões de gases com efeito de estufa, quando comparada com uma produção equivalente a partir de combustíveis de fósseis.

- Citando o AmbienteOnline.pt: a partir do próximo mês de Abril, a Solar Plus vai dar início, em Oliveira do Bairro, à instalação de uma fábrica de produção integral de módulos solares fotovoltaicos, num investimento previsto de cerca de 15 milhões de euros. A fábrica da Solar Plus terá uma capacidade inicial de 5,5 megawatts de potência fotovoltaica, estando preparada para, no futuro, duplicar a sua capacidade.

- Segundo refere também o AmbienteOnline.pt o subparque eólico de Proença-a-Nova vai ser alargado através da construção de mais oito aerogeradores que juntar-se-ão às 15 máquinas já licenciadas para a produção de electricidade e serão instalados no concelho de Proença-a-Nova (seis unidades) e no concelho de Oleiros (duas unidades), num total de 16 megawatts.

segunda-feira, maio 01, 2006

As recomendações do Professor Martelo... II

O livro «O Fim do Petróleo - O Grande Desafio do Século XXI» devia ser de leitura obrigatória para qualquer político.
Há quinze dias que o leio e assusto-me com a leveza com que se encara o problema energético.
Deixou-vos uma breve descrição do jornal O Público:

«Escrito por James Kunstler, um antigo jornalista da Rolling Stone que desde 1975 se dedica à escrita de livros de aguda crítica social, procura imaginar como será o mundo depois do fim do petróleo, algo que sucederá algures durante o século XXI. É que, se os últimos 200 anos conheceram a maior explosão de progresso e riqueza de toda a História da humanidade, sem petróleo esta era chegará ao fim e a vida como a conhecemos sofrerá modificações quase inimagináveis.
Pelo menos de acordo com Kunstler, que antevê um quase regresso à Idade Média e é tão pessimista como o foi, no seu tempo, Thomas Malthuss, cujo texto de 1798 An Essay on the Principle of Population previa que nunca o nosso planeta produziria comida suficiente para a sua crescente população, o que inevitavelmente produziria fomes, tumultos e catástrofes.
O ponto de partida deste livro é o que devemos esperar após ultrapassarmos o pico de exploração de petróleo à escala mundial e depois de finda a "lua-de-mel" com as energias alternativas. Assim, que sucederá quando os nossos problemas de aquecimento global, epidemias e excesso populacional exacerbarem o fim do petróleo? A nova economia global conseguirá manter-se? Ou teremos de regressar a uma economia mais agrária, localizada e de pequena escala?
As previsões feitas em O Fim do Petróleo são devastadoras, mas partem de dados bem concretos, recordando que, se a exploração petrolífera se iniciou em 1859, já teve o seu pico na década de 70. Ora, sem carvão, petróleo e gás natural, serão necessários vários planetas das dimensões da Terra para garantir a sobrevivência de toda a humanidade, pelo menos com o actual nível de conforto e de tecnologias. Basta pensarmos que o que hoje temos quase sem esforço equivaleria ao que obteríamos há dois séculos, se tivéssemos 300 escravos a trabalhar para cada indivíduo nas nações industrializadas. Nenhuma combinação das energias alternativas hoje conhecidas nos permitirá viver tão bem ou sequer próximo de um tal nível, pois todos os sistemas dependem do petróleo ou de outra energia resultante de um recurso limitado. Quando elas começarem realmente a escassear, a fronteiras entre política, economia e paranóia colectiva tenderão a desaparecer. »


Resta acrescentar que o preço do barril já ultrapassou todos os recordes (está na casa dos 70 dólares) e que o pico da produção mundial deve ser atingido, ou já o foi, esta década. Mudar as energias é importante.

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