Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

sábado, dezembro 31, 2005

Um Grande 2006 para todos!

Agora que, ao passarmos mais um dia no calendário, mudamos também o próprio calendário, aproveitemos para por as ideias em ordem, fazer um balanço e, estabelecermos metas e objectivos. Nem tudo será cumprido mas, o que concretizarmos já será bom.

Para os meus projectos pessoais, 2005 foi um ano de mudança: reconhecimento profissional, entrada na Faculdade de Direito de Lisboa e equivalência das cadeiras feitas no passado, a eleição para o executivo da Junta de Freguesia do Santo Condestável e o apoio e a militância em torno da Candidatura do Manuel Alegre. Não menos importante, houve tranquilidade a nível familiar, boa saúde de todos e muitos novos amigos (ok... ok... muitos novos conhecidos mas, ainda assim uma grande mão cheia de amigos!).

2006 será um ano de consolidação, já que muitos dos projectos são de longo prazo mas, também um ano de grandes "batalhas".

Comecemos por reunirmos as hostes em torno do Manuel Alegre. Por um país mais livre, mais justo e mais fraterno e nunca contra alguém.

A todos desejo um 2006 muito ALEGRE! E saibamos fazer uma festa em torno da democracia e, não esqueçam, como sugere o CMC do Tugir, o tempo também pode passar mais devagar...

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Mesas de Voto em Campo de Ourique.



Todas as secções (mesas) de voto nas freguesias do Santo Condestável e de Santa Isabel, em Campo de Ourique (Lisboa), têm um membro designado pela Candidatura de Manuel Alegre!

A todos os voluntários o nosso obrigado!

Demolição integral da casa onde viveu e morreu Almeida Garrett.


O Departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa havia suspendido, em Outubro de 2004, a autorização da demolição integral da casa onde viveu e morreu Almeida Garrett, em Campo de Ourique, na freguesia de Santa Isabel, pedindo ao Departamento de Cultura da edilidade um novo parecer.

Por outro lado, ao IPPAR nunca chegou qualquer pedido de classificação proveniente do executivo municipal ou da Junta de Freguesia de Santa Isabel. De acordo com "A Capital" de 01 de Abril "a Divisão de Cultura da CML deu parecer negativo à preservação da casa onde viveu o escritor". O prédio, mandado construir em 1852 na Rua Saraiva de Carvalho nos. 66-68, pelo Visconde João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, viu falecer entre as suas paredes o escritor romântico, Deputado e Ministro dos Negócios Estrangeiros em 9 de Dezembro de 1854.

Hoje, 29/12/2005, segundo o Jornal de Notícias uma decisão da autarquia permite demolir a casa e avançar com um condomínio de luxo.

Vale a pena recordar as palavras do Dr. Guilherme de Oliveira Martins - presidente do Centro Nacional de Cultura - na época Deputado do Grupo Parlamentar do PS, em requerimento dirigido à ex-Ministra da Cultura, Dra. Maria João Bustorff, em 26-10-2004:

"A Câmara Municipal de Lisboa autorizou a demolição do edifício onde faleceu o grande poeta, dramaturgo, homem da cultura e cidadão exemplar João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett.A última casa onde viveu Almeida Garrett situa-se na Rua Saraiva de Carvalho nº 66/68 apresentando características românticas, típicas da época em que foi construída, o que a liga especialmente à figura de quem nela viveu e que é, com Alexandre Herculano, o símbolo maior do romantismo português. A demolição, ao que se supõe suspensa, destruirá irreversivelmente um dos marcos fundamentais da obra romântica."

Continuo a esperar que, mesmo que não seja viável a criação de uma casa-memória naquele espaço, em homenagem ao vulto literário, se considere importante evitar a demolição integral do edifício, protegendo a sua fachada que, por si só, constituí um marco no património romântico da freguesia de Santa Isabel.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

"Sempre a Abrir! Manuel Alegre/2006".

Espectáculo no Pavilhão Atlântico - 19 de Janeiro"Sempre a Abrir! Manuel Alegre/2006".

Já se encontram disponíveis os bilhetes para o espectáculo "Sempre a Abrir! Manuel Alegre/2006", que irá ter a presença de um conjunto de artistas apoiantes e com a intervenção política de Manuel Alegre.
Prevendo-se que este espectáculo venha a ter uma elevada assistência, a candidatura solicita a todos os apoiantes que procedem rapidamente à aquisição dos bilhetes nos seguintes locais - Bilheteiras do Pavilhão. lojas FNAC, El Corte Inglés, Agência Abep, Agência Alvalade, Casa Viola (Rua Augusta, C.C. Colombo).

Preço de cada bilhete: 10 Euros.

Mais informações brevemente no sítio oficial da candidatura: www.manuelalegre.com

Por onde é que eu ando...


De férias... e a tratar das mesas de voto. É essa a tarefa que me coube até ao fim-de-semana.
No meio desta tarefa, deparei-me com a seguinte curiosidade...
Em cada freguesia, imposta pela Lei 22/99, existe uma bolsa de agentes eleitorais “com vista a assegurar o bom funcionamento das mesas das assembleias ou secções de voto nos actos eleitorais ou referendários”.
No entanto como esta lei estatuí, também, que “A designação dos membros das mesas das assembleias ou secções de voto faz-se nos termos previstos na legislação que enquadra os respectivos actos eleitorais” ou seja, como os termos previstos nessas legislações são os da designação dos membros pelos partidos, esta bolsa, assume um carácter supletivo e residual, continuando os partidos com o monopólio da designação dos membros das mesas.
Sendo importante, conjugar na constituição das mesas a experiência em escrutínios e a necessária renovação e igualdade de oportunidades, não deixa de ser frustrante, para quem se dá como voluntário para as referidas bolsas, nunca ser designado para essas funções.
A meu ver seria mais justo um compromisso entre a designação pelos partidos e a convocação dos agentes das bolsas. Ou seja, em cada cinco membros de cada mesa um deveria ser convocado a partir das bolsas, nem que fosse por pedagogia cívica.

domingo, dezembro 25, 2005

Conto de Natal de Manuel Alegre: A estrela.

Nesta quadra, surgiro a leitura de um conto de Natal de Manuel Alegre, publicado pela Candidatura:

http://www.manuelalegre.com/index.php?area=1100&id=544

E eu vi. Uma estrela que brilhava mais que as outras estrelas. Era uma estrela de prata. A estrela da avó. Brilhava no céu, brilhava outra vez dentro de mim, quase posso jurar que brilhava dentro dos outros três.
Então eu perguntei ao africano como se chamava. E ele respondeu:
- Baltazar.
Perguntei ao velho e ele disse:
- Melchior.
E sem que sequer eu lhe perguntasse o eslavo disse:
- O meu nome é Gaspar.
Era noite de Natal e talvez ainda por magia da avó eu estava na rua, em Les Halles, com os três reis do Oriente, Magos, diria o meu pai.
- E agora? perguntei a Baltazar.
- Agora, respondeu o africano apontando a estrela, agora vamos para Belém.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Um Natal ALEGRE a todos!

Bem, chegados à última sexta-feira, antes do dia de Natal, apesar de poder ainda publicar um ou outro post, aqui deixo, a todos os amigos, colegas, camaradas, companheiros e fregueses os meus votos de um Natal muito ALEGRE, na companhia das vossas famílias e todos os mais próximos.

Pedro Cegonho

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Protesto à RTP.

Lamento, e protesto, que tenham utilizado um programa (Estado da Nação) com comentadores representantes apenas do espectro partidário, com representação parlamentar, para debaterem as eleições presidenciais.
Em democracia, a exclusão da Candidatura de Manuel Alegre, é grave, profundamente injusta e merece o apuramento de responsabilidades, pois põe em causa o espírito da Constituição da República Portuguesa. Principalmente, quando está em causa a televisão pública. Por muito menos do que isto, uma televisão privada viu um seu comentador ser chamado ao Palácio de Belém.
Aqui fica o meu protesto enquanto cidadão eleitor, contribuinte e apoiante da Candidatura de Manuel Alegre.

Protesto enviado à RTP através do link:

http://www.rtp.pt/wportal/participe/formulario.php

terça-feira, dezembro 20, 2005

Almoço da Igualdade.

Hoje, terça-feira, foi um dia importante para as próximas eleições presidenciais. Estivemos todos com Manuel Alegre na Cervejaria Trindade, num almoço pela Igualdade, um almoço de mulheres e homens livres, que não arrepiam caminho.

Manuel Alegre num discurso extremamente objectivo enunciou o que um Presidente pode e deve fazer pela Igualdade. Sintetizou, ainda, de todas as conclusões que tirou destes dias temáticos da pré-campanha e, voltou a referir os seus “deveres” propostos no seu contrato presidencial.

Falar de Igualdade é não esquecer a Constituição da República. A Lei Fundamental enquanto Norma conformadora, obriga à sujeição do direito ordinário a todos os seus princípios, incluindo os do Artigo 13º: Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Por isso, foi muito importante ouvir Manuel Alegre, objectivamente, a demonstrar como vai manusear os poderes presidenciais para fazer cumprir a Constituição:

Comprometo-me a fazer cumprir a Constituição também neste domínio: quer por exigência de análises de impacto dos projectos de diploma com reflexos na situação das mulheres e dos homens que devam ser objecto de promulgação; quer por solicitação da fiscalização preventiva da constitucionalidade dos projectos de diploma que lhe caiba promulgar, da fiscalização sucessiva da constitucionalidade ou da ilegalidade de normas e da inconstitucionalidade por omissão.

Depois disto, nada será como dantes! Nas palavras de Manuel Alegre: “Nós já mudámos a política. E é por isso que estamos a incomodar. A crispação contra a nossa candidatura é um sinal da nossa força. Esta candidatura criou um novo de espaço de liberdade e de cidadania e constitui uma oportunidade única de renovar a política e a democracia portuguesa.”

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Assembleia de Freguesia.


Como havia dito, hoje pelas 21horas, no auditório da Junta de Freguesia de santo Condestável decorreu uma reunião da Assembleia de Freguesia para a aprovação do Plano de Actividade e Orçamento para 2006.
Este ponto da ordem de trabalhos acabou por ser retirado devido à falta de ratificação dos protocolos com a CML, que caducaram em virtude das eleições autárquicas e não foram renovados em tempo útil, sendo necessário a sua existência pois constituí fonte de receitas. Haverá, assim, nova Assembleia extraordinária para a aprovação deste instrumento financeiro.

domingo, dezembro 18, 2005

Notas cá do Bairro...

De regresso a Lisboa, constato que a limpeza das ruas melhorou. É que devido à greve de dois dias, dos funcionários da administração local, nas ruas de Campo de Ourique, nomeadamente ao pé dos Ecopontos, haviam montanhas de lixos depositados. A Junta de Santo Condestável bem solicitou uma limpeza extraordinária mas, os motoristas da recolha do lixo encontram-se em greve a horas extraordinárias... Valeu a boa vontade dos funcionários durante o horário normal... a todos agradecemos, pois permitiram um fim de semana de compras natalícias, mais limpo.
Amanhã, segunda-feira, pelas 21horas, no auditório da Junta de Freguesia de santo Condestável decorrerá uma reunião da Assembleia de Freguesia para a aprovação do Plano de Actividade e Orçamento para 2006. Apareçam!
Depois a aprovação, publicarei aqui as opções do plano que considero mais importantes.
No domingo 04 de Dezembro, referi aqui que existiam diversos locais sem iluminação pública no bairro, pois bem, no dia 07 de Dezembro abordámos esse assunto na reunião da Junta e seguiu uma carta aos moradores dos locais a esclarecer a situação e , continuámos a pressionar a EDP... no dia 12 de Dezembro lá se conseguiu resolver o problema!

Ainda relativamente à Junta de Freguesia de Santo Condestável, estarei disponível para receber qualquer munícipe, na sede da Junta, na 5a feira, 22 de Dezembro.

Pedro Cegonho, Vogal do Executivo da Junta de Freguesia de Santo Condestável

sábado, dezembro 17, 2005

A sondagem de Coelho...

Aí está. Coelho promete e cumpre! Aí está a tal sondagem a publicar prometida por Coelho na “Quadratura do Círculo”. Mas, Cavaco continua a vencer à primeira volta Soares apenas joga para o segundo lugar.

A este propósito vale a pena ler Pedro Magalhães, no Margem de Erro:
Confesso que acho censuráveis - e já o escrevi aqui - algumas das acusações de "manipulação" das sondagens que têm emanado da candidatura de Manuel Alegre. Mas quando se fala em "sondagens a publicar nas próximas semanas" como se já se conhecessem os seus resultados, então já não se pode estranhar que Manuel Alegre venha depois falar em "sondagens falsificadas", "jogo sujo" e "manipulação".

Há um Professor na FDL que a meio do ano faz o chamado "teste do pânico". Aí está ele. Vamos redobrar o nosso esforço e conquistar os Portugueses para uma 2ª volta Manuel Alegre vs. Cavaco Silva. Em casa, no café, na universidade e no trabalho... é importante fazer chegar a mensagem a todos! Obrigado Jorge Coelho!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Uma mensagem especial...

Aqui fica a concretização de um pedido especial.
Uma mensagem de meu Pai para o nosso candidato Manuel Alegre:

O Homem sonha
e a Obra nasce
e é com Obra e produtividade
que o País poderá renascer das cinzas
Não esquecendo os valores
Artísticos e Literários
disso está bem consciente
o Nosso querido e camarada
MANUEL ALEGRE
Força Manuel: os Portugueses esperam por ti.

João Cegonho

Um ponto de vista elucidativo!

Recomento a leitura do comentário inserido no site www.manuelalegre.com da autoria de Armando Emílio da Costa Caldas, aqui fica um excerto e link para o texto completo:

(...)
Se Manuel Alegre não era o meu candidato, a sua coragem para enfrentar aqueles que gravitam em volta do que o PS tem de pior, o seu desejo de um Portugal mais justo, livre e fraterno fazem dele hoje o meu candidato de coração!
Definitivamente estou a ficar farto do Cavaquismo e do Soarismo! Portugal precisa de respirar um ar despoluído de tudo o que já devia fazer apenas parte da História do Século XX. Força Manuel

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Temos Presidente ! (Comentário I)


Ontem não fui à FDL. Esperei pela hora certa e, aguardei pelo início. Não me desiludi.
Manuel Alegre não foi indiferente ao facto de estar em debate com alguém com quem já partilhou tantas lutas políticas e, tal como é público, uma amizade de anos. O mesmo não se passou na outra parte.

Não há confusão na candidatura de Manuel Alegre a Presidente da República. Retomo um argumento que, desde início, me pareceu o mais correcto: o órgão unipessoal foi criado pelo poder constituinte como órgão não partidário - daí que não é um "mandatário partidário" que formaliza a candidatura mas, sim, um conjunto mínimo de cidadãos eleitores proponentes. A usurpação da iniciativa de formar candidaturas pelo partidos, a meu ver, é defraudar a Lei Fundamental.

Mas, a propósito da Lei Fundamental, gostei de saber, através desse debate que Manuel Alegre não tem uma visão da Constituição como colete de forças, e entende que o Presidente pode ser o "impulso legiferante" do poder legislativo - é para isso que servem as mensagens à Assembleia da República e as reuniões semanais com o Chefe do Governo - sem que isso belisque minimamente os princípios da separação e interdependência de poderes.

Manuel Alegre mostrou preocupar-se em transmitir o que, como Presidente, pode fazer e, para isso, elegeu a crise que o país atravessa como sua adversária. Outros preocuparam-se em dizer apenas o que não podem (ou não querem) fazer.

Por isso pensa que o Presidente "deve ser o catalisador da energia, da saúde e da decência da democracia". Defendo o principio republicano da renovação política e uma "magistratura de consensos e de exigência".

A riqueza do debate, a meu ver, foi tal, que vamos reflectindo, e retirando nos próximos dias muito do sumo que ainda se poderá extrair.

ah.... já agora, para os mais paternalistas, aqui fica um esclarecimento: os decretos-lei, após o veto político não são devolvidos à Assembleia da República. Um decreto-lei é aprovado pelo Conselho de Ministros e se, após enviado ao Presidente para promulgação (e não homologação), for vetado, é devolvido ao Governo, sendo o veto inultrapassável pois o Governo não tem forma de confirmar o diploma... ligeirezas!!!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

terça-feira, dezembro 13, 2005

Um património intelectual democrata e progressista.


A memória de um local é o melhor ponto de partida para projectar o seu futuro.
O conhecimento do património cultural, paisagístico e urbanístico, a sua preservação e divulgação são essenciais ao desenvolvimento sócio-económico, pela importância que revelam na formação do indivíduo e no estímulo à inovação e à criatividade nas actividades culturais, desportivas e cívicas de interesse local e municipal: aspectos de primordial importância na mudança da motivação do País, para conhecer mais e para produzir mais - com os consequentes créditos económicos e, simultaneamente, prevenir desastres sociais e flagelos, como a exclusão e a droga.
O "pensar" qualquer localidade, bairro ou freguesia implica o respeito pelo seu passado e para isso é importante conhecê-lo, divulgá-lo e conservá-lo. A história das ideias, da arte e da política, desde o final do século XIX português e lisboeta é indissociável do Bairro de Campo de Ourique.
Sempre que fervilhavam novas ideias, correntes de pensamento inovadoras ou movimentos artísticos que bebiam o que de mais moderno havia na Europa, os cafés, as ruas e os ateliers de Campo de Ourique agitavam-se, mobilizavam-se e produziram grandes obras literárias, artísticas e culturais.
Já no período das guerras liberais, o Quartel de Campo de Ourique teve um papel importante ao lado de D.Pedro IV, mas a participação civil e intelectual do bairro nos acontecimentos políticos da Cidade e do País, teve os seus momentos altos na revolução republicana de 1910 (local donde eram oriundos diversos revolucionários civis da Carbonária); durante as greves e reivindicações operárias na 1ª república; na campanha presidencial de Humberto Delgado (1958) e no apoio às forças democratas oposicionistas do Estado Novo - na freguesia de Santo Condestável.
A margem esquerda da Paris tem no seu coração o bairro "Quartier Latin" em torno da vida académica proporcionada pela Universidade de Sorbornne (donde, aliás, nasceu o seu nome devido ao latim, língua que desde a idade média os estudantes usavam nos seus estudos), Campo de Ourique teve a sua academia nos ateliers de artistas e escritores que viveram e trabalharam nas suas ruas.
Nos ateliers das Ruas Coelho da Rocha - o famoso Pátio dos Artistas - e Azedo Gneco nasceram obras de Artistas como António Duarte (escultor), Leopoldo de Almeida (escultor), Roque Gameiro (escultor), Manuel Lapa (pintor) e Vítor Pala (arquitecto).Campo de Ourique foi ainda escolha para habitar e trabalhar, para Gil Teixeira Lopes (pintor e escultor), Eduardo Batarda (pintor), Eduardo Nery, Pedro Cabrita Reis (pintor), Rocha de Sousa (pintor), Helena de Almeida (pintora), Matilde Marçal (pintora).
Nas letras, na poesia, o expoente máximo é Fernando Pessoa, do movimento modernista português, que morou na Rua Coelho da Rocha, onde hoje se situa um espaço cultural criado pela Câmara Municipal de Lisboa, ao qual urge dar vida e integrá-lo no quotidiano da vida do Bairro e da cidade.
No teatro, destacou-se o dramaturgo Luís de Sttau Monteiro, cujas sátiras sobre a ditadura e a guerra colonial tornaram-no alvo de perseguição política e levaram-no mesmo à prisão.
Na pedagogia e na matemática, Campo de Ourique ligou-se emotivamente a Bento de Jesus Caraça, que fundou a Cooperativa "A Padaria do Povo", e recorda, no Jardim da Parada, o professor do Instituto Superior Técnico, António Ferreira de Macedo.
Mas, no âmbito da cultura popular e do fado, já havia nascido no Bairro (1891), uma das glórias portuguesas do Fado, Alfredo Marceneiro, que nasceu na freguesia de Santa Isabel e trabalhou como aprendiz numa carpintaria de Campo de Ourique. Muitos ficaram certamente por citar.
Que este património Humano e Intelectual nos inspire a divulgá-lo, a preparar a comemoração do 50º aniversário da criação da freguesia de Santo Condestável e nos estimule a conservar e a impulsionar a criação de obra cultural em Campo de Ourique.
Pedro Cegonho, Vogal do Executivo da Junta de Freguesia de Santo Condestável

domingo, dezembro 11, 2005

Love Generation!


Este fim de semana fiquei por Lisboa!
Fui, pela primeira vez, à noite LOVE GENERATION no The Loft (antigo Indústria e People) e recomenda-se! Encontrei muitos amigos que pensava já não sairem à noite.

Uma Sugestão do Cegonhix!

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Sou Alegre também por Salgueiro Maia!


Nasci em Santarém. Por estes dias a autarquia prepara-se para atribuir a título póstumo a Medalha de Ouro da Cidade ao Capitão de Abril Salgueiro Maia, que sempre recusou honrarias em vida. E quão endividados lhe ficámos!

Não esqueço que Cavaco Silva lhe recusou uma pensão que solicitara durante o seu combate à doença!

Sobre Salgueiro Maia, disse Manuel Alegre:

«(…) Sabe-se que os deuses amam os heróis e que morrem cedo aqueles que os deuses amam. E sabe-se que homens como Salgueiro Maia suscitam sempre inveja e malquerença.

Faltava-lhe sofrer uma última perfídia e uma última ingratidão: a de ver recusada uma pensão que solicitara, a mesma que seria concedida a dois agentes da PIDE por serviços distintos.

Como diz o poema de Sophia de Mello Breyner:“Nunca choraremos bastante quando vemosQue quem ousa lutar é destruídoPor troças por insídias por venenos”.

Amanhã ninguém saberá o nome daqueles que o maltrataram.

Mas enquanto houver língua portuguesa o nome de Salgueiro Maia será sempre sinónimo e símbolo de liberdade. (…)»
Diário de Coimbra - 18/4/2004

(Sublinhados de minha autoria. Ler texto integral: http://www.ps.parlamento.pt/?menu=opinioes&id=3829&leg=IX)

Novidades...


Dia 20 de Dezembro na Cervejaria Trindade, às 12h30 tera lugar o Almoço da Igualdade com a presença de Manuel Alegre .
Contacto: Ana Sara Brito - 961320527

Hoje, dia 9, Manuel Alegre entrega processo de candidatura no Tribunal Constitucional.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Anedota do dia...

Recebi esta anedota por e-mail, não resisto a partilhá-la:

Acabado Silva e Mário Só Ares declinaram o convite para participarem no
"Levanta-te e ri!"...
Um não consegue rir-se, o outro não se consegue levantar ...

terça-feira, dezembro 06, 2005

Empate?

Não assisti ao debate de ontem entre Manuel Alegre e Cavaco Silva. Mas, retido na FDL, fui recebendo indicações, por sms, de como ia decorrendo a contenda e o adjectivo foi “civilizado” com algum “cizentismo”, com lances bastantes defensivos.

A Lusa refere-se ao debate como "moderado": «Alegre e Cavaco apenas apresentaram perspectivas marcadamente distintas sobre a importância da economia para a resolução dos problemas do país.»

Dois amigos, um apoiante de Cavaco e outro de Alegre, foram unanimes: houve um empate e enquanto Cavaco foi “descontraído”, "economicista” e “tecnocrático", Alegre foi "reverente”, “contido” mas “humanista”.

A “doutrina” coincidiu também noutro aspecto: Manuel Alegre apresentou-se com uma excelente imagem e mais convicto. Um Senhor!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição (IV)


Fundamento o apoio a Manuel Alegre na Constituição da República Portuguesa:

Preâmbulo
(...)
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.(...)

domingo, dezembro 04, 2005

Notas de fim-de-semana...


Não têm ouvido falar de mim porque, este fim-de-semana, fui a Santarém. Aproveitei os "ares do campo" para trabalhar no Plano de Actividades e Orçamento para 2006 da Junta de Freguesia de Santo Condestável. Tarefa que ficará concluída esta semana e, após aprovação, conto apresentá-la aqui. Entretanto, desde há cerca de uma semana diversas ruas em Campo de Ourique encontram-se sem iluminação pública, nomeadamente troços das Ruas Ferreira Borges, Francisco Metrass e Almeida e Sousa. A Junta de Freguesia todos os dias envia faxs para a CML e EDP mas, nada acontece. Será consequência das privatizações destes serviços fundamentais ao bem estar das populações? Vamos discutir este assunto na reunião do executivo na próxima quarta-feira.

Ainda relativamente à Junta de Freguesia de Santo Condestável, informo que, no mês de Dezembro, estarei disponível para receber qualquer munícipe, na sede da Junta, nas 5as feiras, 15 e 22 de Dezembro.

Tenho visitado o Tugir e acompanhado o debate sobre a OTA entre CMC e LNT, bem como os ensaios sobre economia política do Carlos e as angústias e alegrias do Luis, às vezes um pouco pela diagonal pelo escasso tempo que a Justiça Constitucional me deixa mas, em breve conto opinar e reflectir sobre o projecto da OTA... mas, desde já julgo aproximar-me mais da posição do Luis. A seu tempo reflectiremos.

A fechar, voltamos a Santarém, segundo o Público de sábado a Lactogal trocou Santarém por Oliveira de Azeméis para a construção da nova fábrica, parece que os terrenos "oferecidos" pela Câmara, simbolicamente, por míseros cêntimos o metro quadrado não chegavam... Porque é que a iniciativa privada está sempre encostada aos dinheiros públicos?

sábado, dezembro 03, 2005

Defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição (III)

Porque apoio Manuel Alegre citando a Constituição da República Portuguesa:

Artigo 48º (Participação na vida pública)
1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Dia da Restauração.


Hoje assinala-se a revolta de 1 de Dezembro de 1640, no qual um grupo de conspiradores, constituído por nobres e juristas aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à 4ª Dinastia - Dinastia de Bragança.

O sucesso deste facto histórico está intimamente ligado à revolta, nesse mesmo ano de 1640, de Els Segadors na Catalunha. Madrid escolheu segurar Barcelona, numa guerra que durou até 1652.

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