Muito bem Carlos,
É isso mesmo, e não é só na véspera de congressos que se deve ir a debate, para mim, a discussão de ideias deve ser constante e diária nas secções e nas concelhias, na busca das melhores soluções para o partido, não só a nível nacional, mas também nos patamares local e europeu, que são tão, ou mais, importantes, do que os debates que se tenham nos órgão nacionais.
Tenho aguardado pela disponibilidade pública de todas as moções de orientação nacional para discutir o seu conteúdo. Suspeito que este fim-de-semana já o possa fazer.
No entanto, algumas opções metodológicas são, desde, já criticáveis:
- primeiro, entendo que uma moção de orientação nacional só faz sentido quando acompanhada de um executor e de sua equipa. Que sentido faz, por exemplo, uma oposição poder apresentar um programa de governo, ou, um partido incluir no programa eleitoral, propostas para outro partido executar;
- em segundo lugar, uma vez entregues as moções de orientação nacionais estas deveriam ser de imediato publicadas no site do PS e nos jornais oficiais do partido;
- em terceiro lugar, há que distinguir moções de orientação nacional e moções sectoriais (mesmo que várias moções sectoriais estejam concatenadas num único documento). Bem sei que a primeira tem um maior efeito nos telejornais…;
- em quarto, não vejo vantagem, nem necessidade de discutir os resultados das presidenciais, e dos processos e atitudes que conduziram aos mesmos. É tempo de andar para frente. Não é? Será que também discutiram, com todos os socialistas que apoiaram Manuel Alegre e “que querem um PS mais aberto, mais rico e mais actuante, sem prescindir da liberdade inalienável que lhes cabe de pensar e agir de acordo com a sua consciência”, a criação uma associação de direito privado já constituída e com a sua génese nos princípios informadores da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República?
Tens toda a razão Carlos, “há mais partido além das estruturas nacionais” e é dentro do partido que devemos empregar todas as energias e participar em todos os debates, em todos os níveis e não só nos órgãos nacionais. É esse o serviço que devemos prestar à democracia, a tal refundação da militância.
Voltarei ao tema do Congresso para comentar as três moções, formalmente, de orientação nacional.
Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.
sexta-feira, outubro 06, 2006
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2 comentários:
A relação que estabelece entre o debate no PS e o MIC é disparatada. O MIC é uma associação de direito privado, constituida não só por Socialistas, mas mesmo que não o fosse não há lógica nenhuma na sua asserção, dado que não é uma estrutura partidária, ainda que tenha emergido após um movimento político.
O PS foi derrotado na sua aposta presidencial, e por isso seria autismo não a discutir. E discuti-lo não está minimamente relacionado com alguem poder de livre vontade criar uma associação, seja quem for, sem perguntar a absolutamente ninguem.
A minha pergunta continua a ser pertinente.
Porque assumem a voz dos socialistas que apoiaram Manuel Alegre a querer discutir as presidênciais no Congresso do PS, quando não ouviram, nem discutiram, com esses socialistas a formação e os termos do MIC?
Esse é que foi o disparate.
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