Conheci a deputada Luísa Mesquita na Assembleia Municipal de Santarém. Habituei-me a vê-la como uma mulher frontal, muito correcta, leal e coerente com as suas ideias e princípios. É uma cidadã exemplar, professora em Santarém, com experiência de vereadora na Câmara Municipal e excelente parlamentar, apesar de eu discordar com os seus ideais. No entanto, somos de Esquerda.
É natural que a retirada a confiança política à deputada Luísa Mesquita pelo PCP a magoe.
Aquilo que o PCP pretende fazer com as retiradas da confiança política, total ou em “parte” (ou que é que isso seja) e com as pressões para que cidadãos se demitam dos cargos políticos para os quais foram eleitos por sufrágio directo, é um grave atentado ao respeito pela vontade popular e acaba por ser uma demonstração daquilo que Portugal poderia ser se Mário Soares, Melo Antunes, Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Eanes, entre outros, não tivessem lutado pelo pluralismo e pelo Estado de Direito Democrático.
O taticismo político e as logísticas intra-partidárias não justificam tudo.
Espero que a Democracia saiba aproveitar a experiência autárquica e parlamentar de Luísa Mesquita. Não fico surpreendido se, com este puxar do tapete à sua cabeça de lista em Santarém, o PCP acabe por perder o único deputado que elege por esse distrito.
A minha total solidariedade para com Luísa Mesquita. E espero que de todos os democratas.
Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.
sexta-feira, novembro 24, 2006
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