Não contesto que o despacho do Sec. de Estado para criar a excepção da repetição dos exames de Química e Física foi trapalhão e, porventura, com alguns problemas de legalidade, retroactivamente resolvidos por um decreto-lei apressadamente aprovado em Conselho de Ministros.
Mas, será que os críticos do Ministério da Educação conhecem o complexo sistema de acesso ao Ensino Superior?
Será que os demagogos têm noção que existem barreiras no acesso à Universidade importas por notas mínimas nos exames que sirvam de prova de ingresso e notas mínimas na nota final de candidatura, ambas, por norma, à volta dos 9,5 e 10 valores (normalmente expressas de 100 a 200)?
Foi por permitir quebrar essa barreira mínima, que essa excepção foi positiva: permitiu franquear as portas das Universidades a mais de 4000 alunos. Os quais tiveram no ensino secundário um percurso na positiva mas, estatisticamente não se percebe porquê, geração após geração, apresentam resultados negativos nos exames.
Agora, se os alunos são os mesmos, onde está o problemas, nas notas da avaliação contínua ou nas notas dos exames? Serão os exames desajustados dos programas efectivamente leccionados? Não tenho resposta para estas dúvidas.
Mas, da minha experiência, sei que os exames nos agrupamentos das humanidades são um espelho, mais ou menos fiel, dos programas leccionados, também sei que estes problemas, ano após anos, surgem nas disciplinas das ciências naturais (física, química, matemática, etc)… Será que mudar as equipas que fazem estes exames seria uma possível solução?
Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.
segunda-feira, agosto 07, 2006
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