Caro Luís,
Se tenho sérias dúvidas que a OTA deva ficar na OTA (???), relativamente ao TGV considero que é o maior investimento estratégico, até a longo prazo, que o país possa fazer.
Passo a explicar, se nos próximos 50-60 anos o paradigma da produção energética mudar, tal como a finitude do petróleo e do gás e o seu preço deixam advinhar, então, os primeiros “mortos” serão os veículos de tracção não eléctrica.
Se os automóveis, pela necessidade primária, serão facilmente substituíveis pelo metro, bicicletas e autocarros movidos a bio-diesel (não acredito que a produção deste combustível permita manter o número actual de automóveis), já os transportes aéreos parecem-me condenados a existirem para fins diplomáticos e militares: a aviação civil acaba.
As energias alternativas, exequíveis e viáveis, apenas permitem a produção de energia eléctrica em larga escala, por tanto, parece-me lógico que o transporte ferroviário seja o transporte do futuro, quer para passageiros quer para mercadorias, ou apostamos agora no TGV e na ferrovia, ou depois do petróleo e do gás, a sua construção será bem mais difícil.
Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.
segunda-feira, julho 10, 2006
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