Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

sábado, abril 21, 2007

O velho ciclo?

Depois do abandono de Maria José Nogueira Pinto, é a vez do desalento de Ribeiro e Castro:

(do Público.pt)

O presidente do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, assumiu a derrota nas eleições directas, apesar de ainda não terem sido anunciados os resultados oficiais.

Numa declaração, sem direito a perguntas, Ribeiro e Castro salientou que regressou “o velho ciclo”, com a vitória de Paulo Portas para a presidência do CD S-PP.

“Sectores houve que, nunca aceitando o resultado dos dois últimos Congressos, se afadigaram em criar dificuldades à direcção e acção política do CDS e, nos últimos meses, se concentraram no propósito de derrubar a direcção e mudar a liderança e o rumo do partido”, criticou.

“O objectivo desse processo consumou-se hoje”, lamentou.

Considerando que hoje o partido “regressou ao velho ciclo”, o líder derrotado disse “compreender” a satisfação dos que “ao longo dos últimos dois anos se concentraram nesse objectivo de oposição interna”.


A democracia ganha com uma oposição firme e consistente. Não é, de certo, o estilo do "Paulinho das Feiras".

1 comentário:

Anónimo disse...

Nas eleições directas para a liderança do CDS/PP, o Sporting ganhou ao Benfica. O sportinguista Paulo Portas – que ainda há poucos anos, qual Maquievel, dizia que era geneticamente contra qualquer tipo de poder – derrotou o benfiquista José Ribeiro e Castro e regressou à presidência do CDS/PP, de onde se demitira em 2005. Paulo Portas foi um brilhante director de jornal – "O Independente", um semanário de sucesso, entretanto falido, que foi verdadeira fonte de oposição ao Governo de Cavaco Silva, cujos membros tinham insónias nas noites de quinta para sexta-feira, entre 1988 e 1995. Depois "oficializou" a sua carreira política inscrevendo-se no CDS/PP. Tirou do caminho Manuel Monteiro, a sua criatura, até que chegou ao Governo, onde esteve com Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, entre 2002 e 2005. Foi ministro de Estado, da Defesa e daquela "coisa um pouco vaga" que é o Mar, para usar uma definição do próprio Paulo Portas... Em 2005, o "furacão" José Sócrates deixou o CDS/PP abaixo dos 10 por cento e Portas foi à sua vida. Foi, não, disse que ia. Mas nunca foi. Andou sempre por aí. Até arrumar com José Ribeiro e Castro. Sócrates que se cuide...

Contador