Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

sexta-feira, abril 27, 2007

Lisboa: está triste.

Tudo nesta situação da Câmara faz-me ficar triste.

Gaioso Ribeiro (PS) pede eleições intercalares na CML

O vereador socialista na Câmara de Lisboa Nuno Gaioso Ribeiro pediu hoje a realização de eleições intercalares na autarquia, mas afastou a possibilidade de ser cabeça-de-lista nesse cenário.
«Independentemente de o PSD ser quem tem o dever democrático de tirar as consequências desta situação, não há saída para este problema que não seja a saída eleitoral», afirmou hoje o vereador do PS à agência Lusa.

Gaioso Ribeiro é formalmente o número um dos socialistas na Câmara de Lisboa, mas não tem a confiança política da concelhia do PS de Lisboa, que lhe foi retirada após ter criticado numa entrevista o então vereador Manuel Maria Carrilho.

Questionado hoje sobre a possibilidade de se candidatar a eventuais eleições intercalares, Gaioso Ribeiro respondeu que para tal «tem que haver um convite e uma aceitação», afastando ambas as hipóteses.

«Não acho que haja condições nem de haver um convite nem uma aceitação», afirmou.

O autarca socialista recordou que no último ano e meio introduziu algumas rupturas no seio do grupo municipal do PS, mas considera que «a cidade neste momento precisa de uma pessoa que faça consensos».

O vereador discordou da orientação da sua bancada durante este mandato, nomeadamente quando tentou impedir, com os outros vereadores da oposição e a vereadora socialista Isabel Seabra, a venda de lotes na urbanização do Vale de Santo António, a cargo da EPUL, sem que houvesse um plano de urbanização.

Nesta proposta, os vereadores socialistas Dias Baptista e Natalina Moura acabariam por viabilizar a venda dos lotes, votando contra a proposta de Gaioso Ribeiro.

«Eu já disse publicamente que o PS devia renovar por completo as suas listas para a câmara», afirmou, acrescentando que se inclui nessa renovação.

Sublinhando que há «uma presunção de inocência» em relação aos autarcas constituídos arguidos no caso Bargaparques (o presidente, Carmona Rodrigues, o ex-vice-presidente Fontão de Carvalho e a ex-vereadora do Urbanismo Gabriela Seara, estes com mandato suspenso), Gaioso Ribeiro afirmou contudo que «há regras de decoro em democracia».

«Há um executivo que vai sendo alterado à medida das investigações judiciais, o que gera um regime de instabilidade inédito. Há um governo paralisado, de onde já emergem os próprios conflitos dentro da maioria», sustentou.

Para o autarca, «há algum tempo que a câmara se demitiu de funcionar, mas não se demitiu de funções».

«Não vejo neste momento nenhuma saída que seja útil à cidade que não sejam eleições», reiterou.

O vereador ressalvou contudo que «é sempre mau haver eleições a meio de um mandato, mas há momentos em que é a única saída», recordando que isso aconteceu recentemente com o governo.

Diário Digital / Lusa

27-04-2007 13:24:00

3 comentários:

José Reis Santos disse...

Muito bem. Mais dois pontos

LRC disse...

Acho que meteu golo na própria baliza.

Anónimo disse...

Não fazendo das intervenções dos outros a minha, quero saudar uma vez mais as palavras e posição assumida ainda hoje, pelo nosso vereador Nuno Gaioso Ribeiro, que passo a transcrever, "Questionado hoje sobre a possibilidade de se candidatar a eventuais eleições intercalares, Gaioso Ribeiro respondeu que para tal «tem que haver um convite e uma aceitação», afastando ambas as hipóteses." e ainda acrescentou..."«Eu já disse publicamente que o PS devia renovar por completo as suas listas para a câmara», afirmou, acrescentando que se inclui nessa renovação."

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