In Público 31.07.2009:
Linha Vermelha do metro chega às Amoreiras e Campo de Ourique
O vereador Manuel Salgado adianta que está em equação uma nova ligação entre as linhas Amarela e Verde, para "servir melhor o centro da cidade"
O Metropolitano de Lisboa prepara-se para anunciar no fim de Agosto ou princípio de Setembro o seu plano de expansão no concelho de Lisboa, que incluirá o prolongamento da Linha Vermelha até Campo de Ourique a partir de São Sebastião. O plano ainda está a ser alvo de negociações com a autarquia, e poderá incluir a extensão da Linha Verde a Carnide e da Linha Amarela à Estrela, estando também em cima da mesa a criação de uma nova ligação entre as duas últimas linhas.
"Há ligações dentro da cidade de Lisboa que estão a ser desenvolvidas e planeadas juntamente com os técnicos da Câmara de Lisboa", disse ontem a secretária de Estado dos Transportes durante a apresentação da extensão do metro ao Hospital Amadora-Sintra (ver texto ao lado), recusando dizer quais. Ana Paula Vitorino disse que o anúncio poderá ser feito "dentro de semanas, quando a câmara o entender", e explicou que as obras em causa vão permitir "consolidar o miolo urbano" do metro.
O PÚBLICO apurou que o prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Campo de Ourique, com passagem por Campolide e Amoreiras, é um dos projectos a desenvolver. No site do Metropolitano de Lisboa diz-se, aliás, que a ligação a São Sebastião, cuja inauguração deverá ocorrer em breve, "constitui a primeira fase da estratégia de uma nova circularidade interna, que sirva micromercados importantes da cidade, nomeadamente Campolide, Amoreiras e Campo de Ourique".
Em equação, num plano que o vereador do Urbanismo e Planeamento Estratégico da Câmara de Lisboa sublinhou ao PÚBLICO estar ainda a ser alvo de "acertos", estão também o crescimento da Linha Verde de Telheiras a Carnide e da Amarela pelo menos entre o Rato e a Estrela, zona que no site do metro se define "com densidade habitacional elevada, mal servida de transportes públicos e com poucos lugares de estacionamento". O vereador Manuel Salgado adiantou que está também em estudo a possibilidade de se criar uma nova ligação entre as linhas Verde e Amarela, para "funcionarem como uma circular e servirem melhor o centro da cidade", mas não quis explicar onde.
Ligações essenciais
O especialista em transportes e urbanismo Nunes da Silva considera que "a prioridade das prioridades" deve ser levar o metro às Amoreiras e Campo de Ourique. "É imprescindível", defende, explicando que "é preciso dar ligações transversais" ao sistema de transportes pesados, que "continua a ser fortemente radial".
Nunes da Silva lembra que a zona das Amoreiras, "com o que existe, o que está em curso e o que está previsto" se vai tornar "uma nova centralidade" ao nível do sector terciário e também da habitação. Se a isto juntarmos o futuro campus universitário de Campolide, encontramos "pólos geradores de tráfego extremamente importantes", que o professor catedrático do Instituto Superior Técnico não tem dúvidas de que justificam uma extensão do metro.
O técnico, que integra as listas de António Costa à presidência da Câmara de Lisboa, defende ainda a importância da extensão da Linha Amarela à Estrela e Alcântara, mas admite uma outra hipótese: estender antes esta linha por São Bento e Santos e uni-la nesse ponto à Linha Verde, a partir do Cais do Sodré.
Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.
sexta-feira, julho 31, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
quarta-feira, julho 15, 2009
Uma semana de férias em... Lisboa (II)
Na quinta-feira (09-07) foi dia de “estreia” da minha visita ao Museu do Oriente. Quase vazio, soube bem o “fresquinho” daquele lugar escuro, mas sobretudo surpreendi-me com uma exposição temporária de pintura a óleo de um português do início do século XX, Fausto Sampaio – Viagens no Oriente.
Na sexta-feira, foi dia de regressar ao Chiado. O Chiado de Eça de Queiroz: como se dizia não se conhece Portugal sem conhecer Lisboa e não se conhece Lisboa sem visitar o Chiado.Primeira paragem: Museu do Chiado. Razoável exposição - Arte moderna em Portugal: De Amadeo a Paula Rego.
Como nos diz Pedro Lapa, director do Museu do Chiado:
Esta exposição traça um percurso pelas práticas artísticas da primeira metade do século XX, em Portugal, e apresenta a sua lenta e complexa modernização num contexto cultural e politicamente adverso. Quando as distâncias entre os países europeus iniciaram o seu processo de colapso e a circulação da informação se constituiu como parte triunfante do novo mundo, a arte moderna portuguesa desenvolveu-se por episódios singulares e amplas descontinuidades. A reacção a este contexto foi a emigração de alguns dos mais relevantes artistas para Paris: primeiro Amadeo de Souza-Cardoso, situação interrompida pela Grande Guerra e sua morte prematura; posteriormente o caso maior e definitivo de Maria Helena Vieira da Silva, a quem Salazar viria a retirar a própria nacionalidade. As dinâmicas das vanguardas sobre o incipiente contexto moderno permitiram construir um conjunto significativo de experiências, quer no início do século, quer na transição da década de 40 para 50s, com a terceira geração modernista. Também pela primeira vez se apresentam os desenvolvimentos da prática fotográfica desenvolvidos neste período. Quase sempre marginalizados pela História da Arte surgem agora como uma participação plena e em diálogo com as outras práticas artísticas. É para esta época e reconfiguração da modernidade então operada, que esta exposição presta especial atenção. Foram de facto os Abstraccionistas, os Neo-realistas e os Surrealistas que produziram essa modernidade prometida por Amadeo de Souza-Cardoso, passada como testemunho por Almada Negreiros e que estes artistas deram corpo e conflitualidade. No seu limite Joaquim Rodrigo e Paula Rego abriram outros caminhos para novas ficções. ~
Uma Exposição sobre Arte portuguesa a não perder.
(continua)
Na sexta-feira, foi dia de regressar ao Chiado. O Chiado de Eça de Queiroz: como se dizia não se conhece Portugal sem conhecer Lisboa e não se conhece Lisboa sem visitar o Chiado.Primeira paragem: Museu do Chiado. Razoável exposição - Arte moderna em Portugal: De Amadeo a Paula Rego.
Como nos diz Pedro Lapa, director do Museu do Chiado:
Esta exposição traça um percurso pelas práticas artísticas da primeira metade do século XX, em Portugal, e apresenta a sua lenta e complexa modernização num contexto cultural e politicamente adverso. Quando as distâncias entre os países europeus iniciaram o seu processo de colapso e a circulação da informação se constituiu como parte triunfante do novo mundo, a arte moderna portuguesa desenvolveu-se por episódios singulares e amplas descontinuidades. A reacção a este contexto foi a emigração de alguns dos mais relevantes artistas para Paris: primeiro Amadeo de Souza-Cardoso, situação interrompida pela Grande Guerra e sua morte prematura; posteriormente o caso maior e definitivo de Maria Helena Vieira da Silva, a quem Salazar viria a retirar a própria nacionalidade. As dinâmicas das vanguardas sobre o incipiente contexto moderno permitiram construir um conjunto significativo de experiências, quer no início do século, quer na transição da década de 40 para 50s, com a terceira geração modernista. Também pela primeira vez se apresentam os desenvolvimentos da prática fotográfica desenvolvidos neste período. Quase sempre marginalizados pela História da Arte surgem agora como uma participação plena e em diálogo com as outras práticas artísticas. É para esta época e reconfiguração da modernidade então operada, que esta exposição presta especial atenção. Foram de facto os Abstraccionistas, os Neo-realistas e os Surrealistas que produziram essa modernidade prometida por Amadeo de Souza-Cardoso, passada como testemunho por Almada Negreiros e que estes artistas deram corpo e conflitualidade. No seu limite Joaquim Rodrigo e Paula Rego abriram outros caminhos para novas ficções. ~
Uma Exposição sobre Arte portuguesa a não perder.
(continua)
sábado, julho 11, 2009
Uma semana de férias em... Lisboa
Na semana que termina estive de férias.
Férias merecidas, para descanso, e despachar algumas burocracias, só em Lisboa. Consegui o descanso merecido!
Ainda antes do início da semana, no sábado passado, um tarde bem passada em Tomar, visitando o Convento de Cristo, o Núcleo de Arte Contemporânea (com o legado do crítico de arte José Augusto-França) e uma exposição comemorativa do Grupo Surrealista Português, na Casa do Cubo. Pernoitei em Santarém. Segui para Lisboa onde iniciei as minhas férias!
Na segunda-feira assisti à assinatura por António Costa do Protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e a produtora Ar de Filmes, para a realização do Filme do Desassossego, de João Botelho. Seguiu-se um extraordinário concerto Mariano Deidda, acompanhado pela pianista Silvia Cucchi, que contou ainda com a colaboração de Antonio Cardiello nas leituras. Recomendo na Casa Fernando Pessoa a visita à exposição Daisy - Um Filme para Fernando Pessoa (de Jorge Martins).
Depois, jantei com amigos extraordinários!
Na quarta-feira estive na Gulbenkian. Primeiro da exposição na sede, de Henri Fantin-Latour, pintor francês do fim do século XIX, cuja retrospectiva em Lisboa seguirá para o Museu Thyssen em Madrid. E em seguida, no Centro de Arte Moderna vi a exposição do CAMJAP realizada por Heimo Zobernig e comissariada por Jürgen Bock: a sua escolha de obras da colecção do CAM.
(continua)
Férias merecidas, para descanso, e despachar algumas burocracias, só em Lisboa. Consegui o descanso merecido!
Ainda antes do início da semana, no sábado passado, um tarde bem passada em Tomar, visitando o Convento de Cristo, o Núcleo de Arte Contemporânea (com o legado do crítico de arte José Augusto-França) e uma exposição comemorativa do Grupo Surrealista Português, na Casa do Cubo. Pernoitei em Santarém. Segui para Lisboa onde iniciei as minhas férias!
Na segunda-feira assisti à assinatura por António Costa do Protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e a produtora Ar de Filmes, para a realização do Filme do Desassossego, de João Botelho. Seguiu-se um extraordinário concerto Mariano Deidda, acompanhado pela pianista Silvia Cucchi, que contou ainda com a colaboração de Antonio Cardiello nas leituras. Recomendo na Casa Fernando Pessoa a visita à exposição Daisy - Um Filme para Fernando Pessoa (de Jorge Martins).
Depois, jantei com amigos extraordinários!
Na quarta-feira estive na Gulbenkian. Primeiro da exposição na sede, de Henri Fantin-Latour, pintor francês do fim do século XIX, cuja retrospectiva em Lisboa seguirá para o Museu Thyssen em Madrid. E em seguida, no Centro de Arte Moderna vi a exposição do CAMJAP realizada por Heimo Zobernig e comissariada por Jürgen Bock: a sua escolha de obras da colecção do CAM.
(continua)
quinta-feira, julho 02, 2009
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