Alguns media adoptaram uma estratégia rottweiler em relação à nova novela sobre o processo de equivalências para obtenção do grau de licenciado pelo Primeiro-Ministro: provavelmente “os maxilares” encaixaram-se e não largam! Parece que, finalmente, alguns media assumem como objectivo a criação de valor para os accionistas.
Estou à vontade para falar do assunto pois, não sou licenciado, frequento uma licenciatura numa Faculdade pública (Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) e sou um quadro técnico bancário, no sector privado. Tenho meia licenciatura em Estatística e estou a meio da licenciatura em Direito.
Uma vez feita esta ressalva, devo dizer que aguardo serenamente as declarações do Primeiro-Ministro, sobre a obtenção do grau de Licenciado. Mas, sem drama. É um facto que José Sócrates tirou o seu curso superior em Coimbra. Exerceu a sua profissão com base nesse curso superior, que lhe conferiu um título de bacharel em engenheria e construiu a sua carreira política em cima dessa carreira profissional e desse curso superior. Depois, já em “upgrade” inscreveu-se no ISEl, onde fez bastantes cadeiras, pelo que li na imprensa, fez as cadeiras restantes para que, além do curso superior que lhe deu o grau de bacharel, detive-se o grau de licenciado e fez um MBA (nota: em Portugal um MBA não é um grau académico. É o correspondente a uma Pós-Graduação. Em seguida, se se apresentar a tese e uma dissertação, poderá ser também reconhecido o grau de Mestre. Portanto, ao contrário
Uma vez mais não percebo o drama: José Sócrates tem, pelo menos, um curso superior.
Ainda por cima, num país em que tudo se trata por “doutor” para aqui, “doutor” para acolá. E, provavelmente, a esmagadora maioria dos licenciados não são “Doutores”. Já para não falar nos professores de institutos politécnicos que se apresentam como Professores Universitários. Enfim! É preciso é trabalhar!
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