Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

sexta-feira, novembro 03, 2006

A caminho de quê?

Lamento, profundamente, não ter estado presente ontem na reunião da Comissão Política Concelhia do PS/Lisboa. Infelizmente, uma reunião pública do Executivo da Freguesia do Santo Condestável, com fregueses, iniciada às 18h15m, e que se prolongou, não me permitiu ir ao Largo do Rato, com a agravante de que era o único elemento do PS presente na Junta.

Lamento, mas as responsabilidades públicas, para mim, estão primeiro do que os compromissos partidários. O óptimo é que não se incompatibilizem.

Lamento porque teria votado contra a moção sobre a retirada da confiança política a Gaioso Ribeiro. Lamento porque vejo o PS num caminho tão próximo e semelhante do que o levou à derrota de 2005.

Tens razão Carlos: «É Tempo de Mudança»

No Público.pt.: «A concelhia socialista de Lisboa reiterou a decisão do secretariado de retirar a confiança política ao vereador Nuno Gaioso Ribeiro, convidando-o a demitir-se do cargo, disse hoje à Lusa o líder da concelhia, Miguel Coelho.» (Ler mais)

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro camarada,
Estive ontem na reunião da Comissão Política.
Posso dizer-lhe que você está a passar ao lado do essencial. E o essencial aqui não é político, é pessoal: o Gaioso foi de uma deslealdade tremenda. Nunca discutiu a questão entre os seus pares. Foi logo para os jornais. E ontem, não negou isto.
Mais, nem sequer teve a coragem de assumir que a entrevista ao DN foi, sobretudo, de crítica interna, assim desviando as atenções daquilo que importa (e como você muito bem diz, o que importa é criticar a gestão laranja).
E o que lhe faltou em coragem sobrou-lhe em lata, quando para fugir a isto disse "ah, mas eu lá na entrevista também falava do balanço". Por amor de Deus!...
O camarada pode não gostar do MCoelho e sus muchachos, está no seu direito. Também não simpatizo, nem votei nele.
Agora, o trabalho em equipa implica regras, sendo a primeira delas a lealdade para com os colegas (goste-se ou não deles), e a segunda o respeito pela estratégia política do Partido, que deve prevalecer sobre os interesses de afirmação pessoal.
Note bem: não disse que os interesses do Partido devam prevalecer sobre a consciência individual, ou sobre as opiniões próprias, apenas sobre a sede de afirmação.
É uma pena a ingenuidade - ou o oportunismo, não quero acreditar - da Leonor terem-na feito apoiar o Gaioso.
Se fosse ela no lugar do Miguel, toleraria uma atitude destas por parte do Dias Baptista? Essa é que é essa, ou não é?
E mais do que estar a defender um mau carácter que se encostou por completo nela, a Leonor devia ter dito o que tinha de ser dito - críticas sim, mas primeiro cá dentro - e depois atacado o que tinha de ser atacado - por exemplo, aquela atitude palerma do MCoelho de pedir para abrir o Túnel das Amoreiras mais cedo.
Resumindo: sobre o Gaioso não vale a pena estar com mais conversas: foi uma facada nas costas, ponto. Vamos mas é ao que interessa.

Anónimo disse...

ao anónimo de cima: lá que tens razão, infelizmente... não percebo porque é que a Leonor Coutinho anda a segurar esse senhor, que prestou um mau serviços o PS. Votei nela e acho que não lhe fica bem.

Anónimo disse...

pedro cegonho, nem sabes o que dizes nem dizes o que sabes

lorenzetti disse...

'as responsabilidades públicas, para mim, estão primeiro do que os compromissos partidários'.

É por causa desta diferenciação que não estou filiado em partido nenhum.

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