Abjurar: do Lat. ab. + jurare, v. tr., renunciar formalmente a certos erros (crença religiosa ou política) em acto público; retratar-se, apostatar.

quarta-feira, julho 15, 2009

Uma semana de férias em... Lisboa (II)

Na quinta-feira (09-07) foi dia de “estreia” da minha visita ao Museu do Oriente. Quase vazio, soube bem o “fresquinho” daquele lugar escuro, mas sobretudo surpreendi-me com uma exposição temporária de pintura a óleo de um português do início do século XX, Fausto Sampaio – Viagens no Oriente.

Na sexta-feira, foi dia de regressar ao Chiado. O Chiado de Eça de Queiroz: como se dizia não se conhece Portugal sem conhecer Lisboa e não se conhece Lisboa sem visitar o Chiado.Primeira paragem: Museu do Chiado. Razoável exposição - Arte moderna em Portugal: De Amadeo a Paula Rego.

Como nos diz Pedro Lapa, director do Museu do Chiado:
Esta exposição traça um percurso pelas práticas artísticas da primeira metade do século XX, em Portugal, e apresenta a sua lenta e complexa modernização num contexto cultural e politicamente adverso. Quando as distâncias entre os países europeus iniciaram o seu processo de colapso e a circulação da informação se constituiu como parte triunfante do novo mundo, a arte moderna portuguesa desenvolveu-se por episódios singulares e amplas descontinuidades. A reacção a este contexto foi a emigração de alguns dos mais relevantes artistas para Paris: primeiro Amadeo de Souza-Cardoso, situação interrompida pela Grande Guerra e sua morte prematura; posteriormente o caso maior e definitivo de Maria Helena Vieira da Silva, a quem Salazar viria a retirar a própria nacionalidade. As dinâmicas das vanguardas sobre o incipiente contexto moderno permitiram construir um conjunto significativo de experiências, quer no início do século, quer na transição da década de 40 para 50s, com a terceira geração modernista. Também pela primeira vez se apresentam os desenvolvimentos da prática fotográfica desenvolvidos neste período. Quase sempre marginalizados pela História da Arte surgem agora como uma participação plena e em diálogo com as outras práticas artísticas. É para esta época e reconfiguração da modernidade então operada, que esta exposição presta especial atenção. Foram de facto os Abstraccionistas, os Neo-realistas e os Surrealistas que produziram essa modernidade prometida por Amadeo de Souza-Cardoso, passada como testemunho por Almada Negreiros e que estes artistas deram corpo e conflitualidade. No seu limite Joaquim Rodrigo e Paula Rego abriram outros caminhos para novas ficções. ~

Uma Exposição sobre Arte portuguesa a não perder.

(continua)

Sem comentários:

Contador